A psicóloga e pré-candidata à prefeitura de Curitiba, Marisa Lobo, tomou conhecimento de uma matéria publicada pelo Opinião Crítica sobre uma palestra onde foi discutido “o sofrimento psíquico do pedófilo” e a prevenção ao abuso sexual infantil.
A matéria criticou a forma como o tema foi abordado pelo psicólogo e professor da UFMG, Paulo Roberto Ceccarelli, destacando que a visão apresentada na palestra acaba transmitindo uma ideia de passividade para com a figura do pedófilo, a qual, segundo o docente, se difere do abusador – o que não concordamos.
Ao comentar a matéria, Marisa Lobo lembrou que já sofreu retaliações na justiça por causa de uma das suas palestras sobre o tema.
“Por denunciar esses discursos favoráveis aos pedófilos, fui denunciada e condenada a pagar 30 mil reais. Luto há 12 anos contra esses discursos, que só favorecem a aceitação social da pedofilia, o que me indigna e me assusta é ver esses ‘doutores’ dando visibilidade, tentando gerar uma comoção em favor do ‘pedófilo’ ao invés de se preocuparem com a infância, que precisa ser protegida”, disse ela.
“Enquanto nós, que defendemos as crianças de fato,contra todo tipo de erotização e abuso, e de abusadores, maníacos sexuais, pedófilos somos perseguidos, processados e humilhados, outros defendem”, criticou a psicóloga.
Para Marisa Lobo, o discurso que transmite a ideia de passividade para com a figura do pedófilo seria “o mal prosperando sem encontrar resistência”, visto que nem todos se dão conta da gravidade dessas narrativas, muitas das quais protegidas pelo academicismo.
“Quando fui processada, fiquei sozinha, os que se dizem defensores da infância sumiram, ficaram com medo, eu, enfrentei, e enfrento por amor a infância. É triste ver o mal prosperando sem encontrar resistência. Só falação não adianta. É revoltante, fico pensando, e as crianças quem cuida? Sempre somos nós, os conservadores, os Cristãos”, concluiu.