Hoje é o Dia das Crianças e certamente muitos pais se programaram para esse dia especial, talvez adquirindo presentes, dos mais baratos aos mais caros, querendo agradar os filhos. Mas, tenho motivos para fazer um alerta muito importante a você e por isso peço alguns minutos da sua atenção.
Nunca vivenciamos uma época onde a infância foi tão desprezada. Onde crianças e adolescentes tenham apresentado transtornos emocionais gravíssimos, ao ponto de muitos tirarem a própria vida, cometendo o suicídio.
Infelizmente, o suicídio é uma tragédia que tem crescido entre crianças e adolescentes de forma assustadora, e nós não podemos encarar isso sem olhar para dentro da família, pois é nela que geralmente encontramos às raízes do problema. Com isso quero destacar resumidamente dois pontos que eu, como psicóloga, considero determinantes na relação entre pais e filhos:
01 – Criança deseja atenção
A simples presença de várias pessoas dentro de uma casa não significa atenção. Muitos pais confundem o “corpo presente” com o suprimento afetivo na vida dos filhos, o que é um erro grave.
Dar a tenção a uma criança é dividir com ela momentos do dia-a-dia de forma que ela perceba a sua participação. É ouvir, conversar, carregar nos braços se preciso, segurar na mão, ensinar desde uma tarefa simples da escola, como a chutar uma bola de futebol ou jogar um game.
Esse tipo de atenção não é substituído pela presença-ausente: estar no mesmo ambiente, mas mentalmente distante, algo comum nos dias de hoje devido ao uso do celular, das redes sociais, internet, etc.
02 – Criança requer cuidado e amor
Dar atenção é uma forma de demonstrar cuidado e amor, mas esses elementos vão além, porque amor também envolve saber dizer não, impor regras e limites que a criança deve obedecer e reconhecer como fontes de autoridade que partem dos pais.
Ou seja, você pode ser o pai ou a mãe mais atenciosos do mundo, mas se não souber impor limites aos seus filhos, eles vão sofrer por isso diante da vida, quando às frustrações naturais do dia-a-dia exigirem deles resiliência e maturidade emocional para lidar com os problemas.
Portanto, cuidado também é saber cobrar, assim como amor também é saber punir. Como vivemos numa geração onde o nível de sentimentalismo e vitimismo diante das circunstâncias ocorrem de forma extremada, considero importante enfatizar o lado “duro” dessas qualidades, pois em muitos casos às reações emocionais trágicas de crianças e adolescentes são consequências disso.
O melhor presente
Diante do explicado, pergunto: qual é o melhor presente que uma criança pode receber no Dia das Crianças? Antes de qualquer objeto, dinheiro ou momento passageiro de diversão, sem dúvida é o cuidado e o amor dos pais demonstrados a ela no dia-a-dia.
A criança que não tem cuidado e amor, mesmo que receba os melhores presentes materiais, sentirá o vazio afetivo dos seus pais. Ela crescerá sem saber o que é o afeto das pessoas mais importantes em sua vida, o que poderá acarretar os mais diversos tipos de problemas emocionais ao longo dos anos.
Portanto, nesse Dia das Crianças, espero que você, pai e mãe, tenha compreendido a maior importância do seu papel na educação dos seus filhos. Oferecer conforto e bens materiais é bom, mas não é tudo. Entre um objeto e o seu amor, sua atenção e carinho, esses últimos são insubstituíveis.
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