A polêmica sobre a vacina contra o novo coronavírus está se desdobrando em mais uma batalha entre “nós” e “eles”, aparentemente no mundo político. De um lado, brasileiros que querem ter a liberdade de poder escolher se vacinar ou não. Do outro, figuras como a líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, que defende a obrigatoriedade.
“Apresentei hj, junto c/ nossa bancada federal, projeto de lei que coloca no Programa Nacional de Imunizações a Vacina contra a COVID-19, de caráter obrigatório”, anunciou a parlamentar em sua rede social.
Para Gleisi, “tomar essa vacina não deve ser decisão pessoal. O Estado tem de cumprir seu papel de assegurar a saúde pública e a vida”. Assim como ela, o governador João Doria (PSDB), de São Paulo, também defende a obrigatoriedade da vacina.
Vacina não será obrigatória
Ambos, Gleisi e Doria contrariam a visão do presidente Jair Bolsonaro, que já anunciou que a vacina contra o novo coronavírus não será obrigatória e que o “povo brasileiro não será cobaia de ninguém.”
No cerne do embate de narrativas está a população, preocupada principalmente pelo fato de não haver dados contundentes em grande escala sobre a eficácia de tais vacinas, quer seja a chinesa ou não. O anúncio da morte de um voluntário nos testes para a vacina de Oxford, por exemplo, é um sinal de alerta quanto a isso. Leia:
Se morreu voluntário em teste da vacina de Oxford, o que esperar da chinesa?