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A visão reduzida do histérico político

Não existe possibilidade de dialogar com o histérico(a). A pessoa está centrada em si e nos seus desejos, quando a dose de prazer ou de otimismo é negada ela se eletriza – sua mente reduzida e confusa pouco se aproveita para dialogar.

O histérico não consegue ver nada positivo no seu objeto de ódio, pelo contrário, aumenta mais sua histeria e potencializa mais seu ódio, uma consciência sendo consumida, devorada a cada perturbação. Muitos histéricos tem uma ideologia para chamar de sua, esta reduz seu estado humano para SubHumano! (SubHumano é o termo usado pelo psiquiatra Viktor Frankl para descrever a humanidade reduzida a dimensão biológica)

A histérica política é paradoxal. Ela é perturbada emocionalmente por razões pessoais e sociais, mas consegue racionalizar linhas de pensamento em textos ou discursos, claro que percebe-se evidentemente a anulação do bom senso e da clareza, do pontual para ódio. Então vem destilação de partidarismo; incapacidade de ver todo quadro; insensibilidade pela família e historia do seu objeto de ataque!

O histérico sofre perturbações emocionais diariamente, é uma vida de muita dor, sua neurose aumenta todos os dias e por isso ele reduz sua capacidade de enxergar sua jornada como ser humano, determinando dois caminhos: Conformismo e totalitarismo.

Os dois são reducionismos – Conformismo é reduzir sua capacidade de ver todo quadro se conformando com sua visão fragmentada; Totalitarismo é reduzir sua capacidade se radicalizando na consciência a ponto de somente você está certo e os outros errados. O psiquiatra e logoterapeuta Viktor Frankl disse que ainda existe solução:

”O que se propõe é, antes, suportar a incapacidade de captar em termos racionais o fato de que a vida tem um sentido incondicional. O logos é mais profundo que a lógica, Frankl, 2008, p. 142,”. Portanto todo ser humano precisa refletir sobre suas posições e prudentemente avançar, buscar sair de comum, transcender –  seja politicamente ou socialmente!

Mas as redes sociais revelam um péssimo aumento dos grupos histéricos que usam seus textos para destilar ódio, distorcer fatos e expressar somente lados negativos. Estamos criando linhas divisórias que vão afetar drasticamente nossas amizades, nossos colegas de trabalho e de relações sociais em todo campo. Se queremos um mundo dividido, reduzido em direita e esquerda, então inevitavelmente se comportaremos como pessoas reduzidas as tais ideologias. Trágico fim!

Existe uma linha tênue que separa o bom senso da histeria; o bom senso é: Eu não gosto deste governo, mas tem feito algumas ações positivas em determinadas áreas; a histeria é: Eu não gosto deste governo, porque não gosto deste doido que governa. Concordo com Humberto Eco quando diz:

”O passo entre a visão elevada e o frenesi pecaminoso é bem curto”. Por isso é preciso identificar o histérico e não é fácil, já que ele pode sim ser ”racional” naquilo que escreve ou discursa. Observem suas palavras, seus argumentos e veja a incapacidade de pensar todo mosaico – mas veja ódio, descontrole e sentimentos destrutivos em suas análises.

A essência do comportamento histérico não é gritaria, mas mentir para si mesmo forçando uma crença nela a ponto de ficar em estado hipnótico. Não ouve o outro lado, acha que opinião é conhecimento, não respeita anos de estudo do próximo, acha que sua convicção fantasiosa é a realidade.

O histérico deve ser levado a sério no sentido de comportamento e agravamento do quadro, pois assim como um viciado em drogas, ele precisa sempre de uma dose de otimismo, de prazer. Um circulo vicioso que só piora com o tempo.   

Lembre-se: A (o) histérica (o) acha, acredita com ‘fé’ de que está contribuindo ou ajudando a alertar os seus, o povo e todo mundo sobre ”verdades”, mas é só uma fantasia que ela ou ele criou! Muito longe da realidade.

Heuring Motta
Análises sobre o cenário da política e assuntos de interesse público. Por: Heuring Motta - Teólogo e professor, especializado em Hermenêutica, Ciências Políticas e Logoterapia pela Universidade Católica de Salvador. É também colunista do Instituto John Owen. Casado e pai de uma filha.
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