Diversas mídias publicaram ao longo desta sexta-feira (04) um vídeo apontado como prova da existência do suposto “gabinete paralelo” no Ministério da Saúde. A informação veio à tona, principalmente, através de uma matéria do portal Metrópoles onde a empresa faz parecer se tratar de algo “exclusivo” e vazado, mas que na realidade não é.
O portal faz a seguinte afirmação: “Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram o aconselhamento do chamado ‘ministério paralelo’ sendo feito diretamente ao presidente Jair Bolsonaro”. Nota-se, portanto, que há uma falsa acusação contida nessa informação, visto que a mídia trata a reunião como um “ministério paralelo”, o que não é verdade.
A reunião citada no vídeo foi nada mais do que uma audiência realizada pelo governo no Palácio do Planalto no dia 08 de setembro do ano passado (2020), e tudo foi transmitido AO VIVO através das redes sociais do próprio presidente Jair Bolsonaro. Com isso, desmonta-se a impressão de que o vídeo teria sido “vazado” ou mesmo que a informação a esse respeito se trataria de algo “exclusivo”, como alega o Metrópoles.
Na ocasião, o governo reuniu diferentes especialistas para discutir soluções de enfrentamento ao coronavírus. Estiveram na reunião figuras como Dr. Paolo Zanotto, virologista da Universidade de São Paulo (USP), a Dra. Nise Yamaguchi e também representantes de vários estados.
Não há o menor sentido em se falar de “gabinete paralelo” acerca de uma reunião transmitida ao vivo, publicamente. Dizer que “vídeos mostram ‘gabinete paralelo’ orientando Bolsonaro'”, portanto, como noticiaram O Dia, o Metrópoles e várias outras mídias, é nada mais do que propagar uma “fake news profissional”, visto que não existem provas apresentadas sobre a existência do suposto gabinete, sendo esta acusação nada mais do que uma narrativa criada por senadores oposicionistas na CPI da Pandemia.
Reunir e ouvir diferentes especialistas em um momento de pandemia não caracteriza qualquer ilegalidade. Muito pelo contrário! Demonstra apenas o esforço do governo no sentido de querer se pautar de diferentes visões e orientações, o que é legítimo e em nada vai de encontro ao Ministério da Saúde.
A ilegalidade existiria se o governo tomasse cada visão/orientação como oficial, trazendo-as de forma interventiva para o Ministério da Saúde, ignorando assim, portanto, o chefe da pasta e a sua equipe. Se isso não ocorreu, como já disse o ex-ministro Eduardo Pazuello, tudo o que o vídeo mostra é apenas uma reunião de especialistas tratando um assunto do qual o presidente da República, como chefe de Estado, teve o interesse de reunir para ouvir e tomar melhor as suas decisões.
Abaixo, um trecho da reunião publicada nas redes sociais do próprio presidente. Assista: