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Homem engravida menina de 11 anos e é absolvido: defesa da pedofilia no judiciário?

Quanto mais lutamos em favor da infância, principalmente contra o abuso sexual, estupro de vulnerável, erotização precoce e outros, mais o Judiciário  ridiculariza nossas lutas com decisões que no mínimo provocam nas mentes mais perversas a aceitação social da pedofilia.

Não existe mais leis que protejam a infância, já que um único juiz pode relativizar a lei em favor da “desproteção da infância”. Ao decidir absolver um homem de 19 anos da acusação de estupro de uma menina de 11, que engravidou após ter relações sexuais com ele, um juiz de Minas Gerais contribuiu com o movimento mundial que visa legalizar a PEDOFILIA, algo que há anos tentamos combater.

Não sabe este Juiz irresponsável que, em vários casos semelhantes, meninas de 10 e 11 anos morreram no parto, já que seu corpinho ainda está em formação? Mas, segundo a decisão noticiada pela Istoé, a relação entre o homem adulto e a pobre criança teve o consentimento até mesmo da família.

Ora, esta família que aceitou esse abuso, pois é o que é, abuso contra a infância, deveria igualmente ser processada por negligência e cumplicidade para com o crime de violação à integridade física e psicológica da menor, especialmente porque desde quando esse rapaz vem tendo relações com a criança? Desde quando ela tinha 10, 9 anos? Quem pode garantir?

Isso é a explícita legalização da pedofilia, e vamos amargar as consequências em decorrência dessa jurisprudência absurda criada em Minas Gerais. É indigno! Lutarmos tanto para proteger a infância e vem um juiz com essa imbecilidade, ou seria conveniência pessoal? Veja o que diz a defesa desse apoiador da pedofilia:

A notícia diz que: “Com base nesse entendimento [de relação consentida], o juiz Valderi de Andrade Silveira, da Comarca de Campestre (MG), decidiu absolver um homem de 19 anos que engravidou uma garota de 11 anos. Ele foi denunciado pelo MP com base no artigo 217-A — ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. Segundo os autos, o acusado namorava a vítima com consentimento da família.”

Inaceitável! Eu já fui condenada a pagar 30 mil reais em 2017 por denunciar discursos que favorecem a aceitação social da pedofilia, e não desisto de lutar pela infância, pela proteção dessa infância, e só lamento. Chego a ter nojo desse tipo de Juiz que tem o poder para proteger a infância, mas preferiu proteger os adultos. Até quando? Vamos aceitar isso calados? Até quando parte do judiciário vai defender o pedófilo ao invés de proteger a criança?

É índigo ver os caminhos que nossa sociedade está escolhendo traçar. Esse Juiz tornou uma criança legalmente objeto sexual de um adulto! É dessa forma que os pedófilos irão entender a mensagem. Como psicóloga repúdio a decisão, também como mãe e como mulher choro de decepção, de medo da nossa justiça, ou melhor… injustiça!

Simplesmente o juiz Valderi de Andrade Silveira acabou de legalizar o estupro de vulnerável sob a falácia do consentimento. NENHUMA criança possui condições emocionais e cognitivas para discernir o que é ou não abuso sexual. Elas são facilmente manipuláveis e seduzidas pela maturidade e malícia do abusador. Vítimas desse tipo de crime só costumam ter consciência disso anos mais tarde, quando já estão crescidas.

Felizmente esse juiz não é legislador e muito menos maior que o STJ/STF. Por isso o MP deve recorrer dessa decisão nojenta e cretina. Ela precisa ser revogada. Parece até que o “juiz” só se preocupa com o bem estar do rapaz, enquanto a criança violentada, que agora espera um filho e corre o risco eminente de morrer no parto, não parece interessar para esse magistrado.

*O texto acima é de total responsabilidade do seu autor e não reflete, necessariamente, a posição do Opinião Crítica.

Marisa Lobo
Marisa Lobo é psicóloga clínica, autora de vários livros, especialista em saúde mental e conferencista. Há anos realiza palestras dentro e fora do Brasil sobre prevenção e o enfrentamento das drogas, depressão e suicídio, sendo conhecida também pela luta contra o ativismo ideológico de gênero, aborto e desconstrução familiar.
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