O jornalista J. R. Guzzo, como de costume, fez uma análise precisa sobre o atual cenário político brasileiro, apontando com clareza o real problema da democracia nacional, se é que ainda podemos dizer que ela existe: “Bolsonaro não é visto por seus inimigos como um competidor, mas como um mal que não pode ser permitido”.
Concordamos plenamente com a leitura de Guzzo! Os adversários do presidente não estão dando sinais de que estão dispostos a disputar uma eleição, mas sim de travar uma batalha para lhe tirar o direito de se reeleger, custe o que custar, e isso teve início no começo de 2020, quando foram abertos inquéritos ilegais no Supremo Tribunal Federal (STF).
O próprio Guzzo faz menção a um desses inquéritos: “Temos, no momento, os mais extremados esforços para combater os ‘atos antidemocráticos’, banir do noticiário e das redes sociais as ‘notícias falsas’ que agradam ao governo e expulsar da vida política, até com a prisão, elementos tidos como um perigo para as ‘instituições'”, observa o jornalista.
Ele continua: “Temos, mesmo, um inquérito ilegal no Supremo Tribunal Federal para tratar desses assuntos todos — ilegal, mas em pleno funcionamento. O pior atentado que está sendo cometido nesse momento contra a democracia, porém, é visto como a coisa mais normal do mundo; é a negação dos direitos políticos e civis do presidente da República, a quem se nega a possibilidade de reeleger-se para o cargo, ou mesmo de ficar onde está até o final do seu mandato.”
Em sua coluna na Revista Oeste, o jornalista conclui que os adversários de Bolsonaro, uma vez cientes da chance real de reeleição (para não dizer certa, em nossa opinião), “já decidiram que ele não pode ganhar”. Resta saber, agora, no que isso significa em termos práticos, certo? Ora, já estamos vendo os efeitos disso, na prática! Temos manifestações legítimas sendo taxadas como “antidemocráticas”, pessoas censuradas financeiramente, perfis derrubados e indivíduos presos sem julgamento e condenação. Alguma dúvida?
Leia o artigo completo de Guzzo neste link.