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Os que pregam a paz devem ser promotores da paz, e não fontes de instabilidade

Poucas vezes na história ouvimos tantas pessoas, grupos e órgãos oficiais fazerem apelos por união, paz e democracia. Isso acontece, naturalmente, em momentos onde vemos o acirramento de conflitos envolvendo importantes atores da vida pública, o que também diz respeito a partidos e a pessoas que ocupam cargos de liderança.

No meio disso, porém, também é comum vermos que grande parte desses apelos não passa de discurso vazio, fruto muitas vezes de quem, em vez de promover a paz, acaba sendo fonte de instabilidade onde quer que esteja ou sobre qualquer coisa que faça. Não há, portanto, coerência entre o dito e o praticado.

Sem dúvida, isso ocorre em alguns casos porque há pessoas e grupos que só conseguem “lucrar” com o caos. Ou seja, são figuras que não conseguem se promover e obter relevância social de outra forma, senão promovendo a instabilidade. Esse é um dos grandes inimigos do Brasil atual, pois é justamente o tipo de oposição que o presidente Jair Bolsonaro vem enfrentando desde que assumiu o governo, em janeiro de 2019.

Podemos denominar isso de “oposição em prol do caos”. É o tipo de coisa que não admite o sucesso de um governo, nem o protagonismo dos seus adversários, o que significa pessoas distantes ou próximas, tendo em vista que os benefícios de uma boa administração “ofusca” o pouco brilho dos que se guiam pelo próprio umbigo, e não por valores altruístas.

Um pacto pela paz

Em um artigo publicado por mim aqui também no Opinião Crítica, falei sobre a necessidade de um “pacto pelo Brasil”. Hoje, quero chamar atenção para o fato de que nenhum pacto que tem por objetivo o bem social pode ter sucesso, sem que antes não exista um acordo de paz entre todos os envolvidos nesse interesse.

A paz antecede a tomada de decisões, acordos e elaboração de metas. Isso vale para o governo de um país, tanto quanto para um partido, sua gestão e filiados.  Como presidente estadual do PTB no Paraná, devo ser agente de paz em tudo o que fizer, pois só assim poderemos avançar como legenda, e essa é uma verdade que deve ser aplicada a todos.

Vejam como isso é interessante! A iniciativa do presidente Bolsonaro em 9 de setembro, ao divulgar uma “Carta à Nação” em um momento quando todos esperavam uma reação de ruptura contra os abusos do Judiciário, é um exemplo perfeito de pacto pela paz. E quem foi o protagonista disso, o Chefe Supremo das Forças Armadas!

O homem que tinha e tem, em suas mãos, o maior dos poderes para a garantia da Lei e da Ordem, deu a partir da sua iniciativa um exemplo do que é ser uma gente de paz. Para fazer isso, Bolsonaro precisou ser humilde o suficiente para “recuar”, mesmo sabendo que seria duramente criticado até por alguns dos seus apoiadores mais fieis, como realmente aconteceu.

Portanto, que em nosso pacto pela paz possamos seguir o exemplo do capitão, “recuando” humildemente, não por nós mesmos, mas pelo Brasil. Por nossos filhos e todos que amamos. Faço essa proposta a todos os brasileiros e aos colegas do PTB. A todos que, assim como eu, querem ser agentes da paz e não do caos.

Marisa Lobo
Marisa Lobo é psicóloga clínica, autora de vários livros, especialista em saúde mental e conferencista. Há anos realiza palestras dentro e fora do Brasil sobre prevenção e o enfrentamento das drogas, depressão e suicídio, sendo conhecida também pela luta contra o ativismo ideológico de gênero, aborto e desconstrução familiar.
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