Ao longo do governo Bolsonaro, o número de checagens de notícias e informações veiculadas pelo Executivo e aliados foi altíssimo. Praticamente todos os dias dos últimos quatro anos vimos as “agências de checagem” apontando supostas fake news e desinformação. Mas, e agora?
Esta semana, por exemplo, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, divulgou a gritante fake news de que no Brasil haveriam “120 milhões de pessoas passando fome”, o que significa mais da metade da população, e isso foi dito no maior fórum de economia do planeta, em Davos, na Suíça.
Quantas mídias da grande imprensa apontaram a informação falsa dita por Marina? Quantas agências de checagem se manifestaram? Até o momento, desconhecemos quaisquer manifestações, com exceção do blog O Antagonista, que repercutiu de forma tímida a declaração.
Sobre essa aparente discrepância no tratamento das agências, o Procurador Regional da República e Mestre em Direito Constitucional, Guilherme Schelb, fez a seguinte observação, em tom de ironia: “Alguém mais percebeu que as agências de checagem de fakenews sumiram? Será que agora os governantes só falam a verdade?”
É, senhores, a inanição das “iluminadas” agências já no começo do novo governo Lula sugere que, de fato, a velha imprensa possui os mesmos velhos interesses, e estes passam longe do bem-estar do Brasil, sua população e prosperidade; é o próprio bolso que está em jogo – para não dizer outra coisa!