O Governo do presidente Jair Bolsonaro avança na intenção de extinguir o uso da tomada de três pinos, também chamada internamente pelos assessores da presidência de “tomada do PT”, em referência ao período em que esse modelo se tornou obrigatório do país, em 2011, época da então então presidente Dilma Rousseff.
“A sociedade brasileira, com toda legitimidade, rejeitou a tomada de três pinos”, disse o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos Alexandre da Costa, segundo informações do Valor. O padrão (obrigatório desde 2011) é uma “excrescência” e sua revogação não deve ser vista como algo meramente folclórico, segundo Costa.
“Não é só um tema técnico. É um tema que afeta a segurança, a concorrência e a produtividade”, disse ele. Ângela Flores Furtado, presidente do Inmetro, é “tecnicamente viável a disponibilidade de outro padrão internacional de tomada”.
“Hoje existem no mundo 110 diferentes configurações de padrões adotados. Flexibilizar a adoção de outro padrão de tomada preferido pelo consumidor, de acordo com a melhor aderência aos plugues de seus equipamentos eletroeletrônicos, pode ser considerado”, disse ela.
A obrigatoriedade da tomada de três pinos causou uma confusão para muitos consumidores, que viram na medida tomada em 2011 nada mais do que um meio de complicar a vida dos usuários domésticos. Muitos precisaram comprar adaptadores ou trocar os terminais de energia de suas casas para poder se adequar aos novos eletrônicos.
Ainda segundo o Valor, a proposta não visa uma mudança compulsória, mas gradual e optativa para o consumidor. Questionado sobre a importância da medida, Costa esclareceu que ela afetará a produtividade no país, visto que apenas 20% das tomadas ainda existentes se adaptaram ao plugue de três pinos, segundo o secretário.
Além da tomada da “tomada do PT”, o secretário também já havia dito em abril passado que o governo pretende “se livrar” da reforma ortográfica e das urnas eletrônicas.