Algumas coisas parecem acontecer apenas no Brasil. Um senador investigado em 13 processos, acusado de corrupção, ex-aliado governista de líderes que agora estão atrás das grades, tentou enquadrar o ministro da Justiça e Segurança Pública do país, Sérgio Moro, então juiz responsável pela condenação de alguns dos comparsas políticos do mesmo sujeito que agora tenta lhe acusar de “conluio”.
Renan Calheiros disse que a suposta troca de mensagens atribuída a Sérgio Moro e o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, seria uma “coisa grave”, evitando maiores acusações, uma vez que o mesmo parece estar ciente da quantidade de processos que responde no Superior Tribunal Federal (STF).
Sérgio Moro explicou que delações premiadas já foram autorizadas por ele antes mesmo de 2013, com base em outras leis, afastando a tentativa de Renan Calheiros de insinuar que ele teria adotado esse método apenas durante os processos da Lava Jato, por interesses supostamente políticos.
Moro também confirmou seu elogio ao ministro do STF, Luiz Fux, tratando a declaração atribuída a ele como algo natural, visto que para o ex-juiz Fux é “um grande ministro, assim como vários outros.”
Renan Calheiros tentou, mas como resultado só tomou invertidas, recebendo do ex-juiz respostas curtas e precisas. Para piorar, virou motivo de chacota nas redes sociais, sendo lembrado por várias acusações, entre elas a sua condenação em primeira instância em 2017, por “enriquecimento ilícito”.
Assista abaixo: