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Ex-fuzileiro, Witzel manda recado: “Se não houver rendição, tem que matar”

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, virou o centro das atenções esta semana, após comemorar a operação bem sucedida da Polícia ao libertar 37 reféns de um sequestro na Ponte Rio-Niterói, onde o sequestrador precisou ser morto por um atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

Após o desfecho do sequestro, Witzel concedeu algumas entrevistas, destacando a necessidade de haver rigor com o crime organizado. “A sociedade ainda não entendeu que estamos numa guerra contra o terrorismo”, disse ele, segundo a Época. “A polícia tem de chegar para prender, se não houver rendição, tem de eliminar, tem de matar”.

A declaração do governador Witzel, que é ex-fuzileiro naval e ex-juiz de direito, mais uma vez foi polemizada pela grande mídia, como se tal afirmação não encontrasse apoio dos protocolos de atuação da própria força policial. Uma vez que não há rendição do criminoso, fica subentendido que há resistência e risco de vida para o policial. A reação, nesse caso, é natural e a morte do bandido uma consequência.

Evidentemente há exceções. Há casos em que a contenção é a primeira alternativa. Situações, por exemplo, em que o criminoso não oferece risco iminente de vida ao policial e nem à população, quando não existem armas, nesses casos a contenção por meio de dispositivos não letais, como arma de choque, spray de pimenta ou cassetete, são os indicados.

Entretanto, ao dizer que “se não houver rendição, tem que matar”, certamente Wilson Witzel se referiu aos casos em que o criminoso oferece risco de vida ao policial, por isso sua fala está inserida em um contexto onde o governador do Rio fala de uma “guerra contra o terrorismo”, indicando o cenário extremo do confronto.

No final das contas, quem ganha com discursos duros como esse é a população e também os policias, pois há um ditado popular muito coerente, o qual diz que “bandido precisa ter medo da polícia”, e isso tem se provado verdadeiro no Rio de Janeiro, já que o número de policias mortos caiu 60% nos primeiros meses do ano, segundo o R7. Não é coincidência! 

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