A história de David Arthur é mais uma que contraria todo o politicamente correto difundido (ou omitido, neste caso) largamente pelo ativismo LGBT, assim como pela grande mídia. Ele é um ex-transgênero, também enquadrado por muitos na categoria de ex-gay, que mudou radicalmente de vida, após chegar à beira da morte ao contrair o vírus da AIDS.
David possui um perfil semelhante ao de muitas pessoas que hoje se declaram ex-gays. Criado sem a presença positiva da figura paterna, ele também sofreu abusos sexuais desde muito pequeno, o que terminou afetando drasticamente a sua percepção sobre a própria identidade sexual. “Fui molestado por vários homens adultos durante toda a minha infância. Associei atenção sexual negativa à intimidade que eu desejava”, disse ele.
“Aos 9 anos, eu saía cedo da escola para ir a pontos de ônibus e banheiros públicos para ter encontros com velhos sujos, já que eu desejava essa proximidade. Naquela época, essa era a única intimidade que eu conhecia”, disse David, segundo informações do Front Lines Ohio.
Os abusos sexuais fizeram o pequeno David associar a sua carência pela figura paterna (masculina) ao envolvimento sexual com homens. Inconscientemente, David buscou assumir a imagem do que para ele seria o objeto de atração dos homens (para agradar a quem ele desejava ter por perto, acreditando que isso supriria a sua carência afetiva da figura paterna inexistente), gerando assim o que a psiquiatria chama de “disforia de gênero”.
“Comecei a me vestir como uma garota, apesar das objeções da minha mãe. Aos 14 anos, saí de casa e fui para as ruas da Filadélfia”, lembrou ele, destacando que foi nesse momento em que o movimento LGBT lhe seduziu, aparentemente, com às mesmas narrativas que passam longe da compreensão = correta = acerca dos transtornos de desenvolvimento sexual.
“Eu fui abraçado pelo movimento LGBT e eles me colocaram sob suas asas desde que eu era jovem e frágil. Por fim, comecei a injetar hormônios femininos. Enquanto as crianças da minha idade estavam pensando em sua primeira dança na escola, meu objetivo era me tornar a melhor prostituta que eu poderia ser”, contou David.
Do mundo LGBT para se tornar ex-transgênero
A vida de David mudou radicalmente quando ele foi diagnosticado com AIDS em 2009. Seu estado de saúde já estava muito debilitado e por isso David entrou em cuidados paliativos. “Meu sistema de imunidade foi dizimado quando as células T passaram de dez mil para zero. Eu tinha Infecções no meu sangue, meu cérebro e feridas cobriam todo o meu corpo”, disse ele.
Antes de chegar a esse ponto, porém, David foi preso algumas vezes por abuso de drogas. Em uma dessas ocasiões, ele conheceu um agente penitenciário que lhe falou da fé cristã. Os frutos dessa relação só iriam florescer no leito de hospital. “Eu estava na cama de um hospital sob cuidados paliativos quando li um versículo na Bíblia que dizia:
‘Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão (Romanos 1:27)’”, contou David.
“As palavras daquela passagem da Bíblia e a lembrança de um agente penitenciário que pregou para mim na prisão me compeliram a começar a orar e confessar meus pecados ao Pai Celestial”, contou Arthur à igreja Trinity at the Eastern Gate, em Ohio, nos Estados Unidos.
Após essa experiência de fé, David obteve uma recuperação surpreendente. Ele saiu do hospital decidido em mudar de orientação sexual, e realmente mudou. Hoje, dez anos depois, ele conta a sua experiência de vida para outros que vivem como ele viveu no passado.
“Recentemente testemunhei a duas prostitutas transexuais que foram molestados quando crianças; e é assim que o movimento LGBT recruta seus números. Em nossa conversa, eles me disseram que sabiam que Deus não os criou para serem assim, e me abraçaram quando lhes contei a verdade sobre o movimento”, contou David.
O fator religioso na vida de ex-gays
A comunidade de ex-gays ou ex-transexuais e ex-transgêneros sofre tanto preconceito como qualquer outra minoria. Eles são, como dizem alguns, a “minoria das minorias”, visto que não recebem a devida visibilidade da grande mídia. Além disso, ex-LGBTs sofrem com os ataques dos próprios LGBTs, que afetados pelo fato de histórias traumáticas virem à tona envolvendo seus estilos de vida, fazem de tudo para desacreditar a existência de tais pessoas.
A religião, especificamente a cristã, é o ambiente onde tais pessoas em situação de sofrimento encontram apoio, acolhimento e confiança. É por esse motivo que a maioria dos ex-LGBTs possuem testemunhos de fé, porque é no seio das igrejas que eles são ouvidos e não desprezados, aceitos em seus dilemas e considerados pessoas de direito, inclusive para mudar de orientação sexual.
A fé ultrapassa o marco a ciência, entretanto, a história de vida de pessoas que se declaram ex-gays possuem pleno respaldo científico. Casos como o de David apenas ilustram a realidade de milhares de pessoas, que uma vez desprezadas por muitos, incluindo os da própria família, vivenciam situações traumáticas e se adaptam, mesmo que de forma autodestrutiva.