O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, foi apontado pelo jornal Folha de S. Paulo de pedir um inquérito contra punks de Belém por causa de cartazes contra o presidente Bolsonaro. Todavia, o ex-juiz da Lava Jato rebateu o editorial, revelando que a manchete do mesmo é uma “fake news” (notícia falsa).
“A iniciativa do inquérito não foi minha, como diz a Folha de S Paulo, mas poderia ter sido”, afirmou Sérgio Moro em sua rede social. Na sequência, o ministro explicou que “poderia ter sido” dele, de fato, porque não se tratam de meros cartazes críticos, mas sim conteúdo difamatório e de incitação à violência.
“Publicar cartazes ou anúncios com o PR ou qualquer cidadão empalado ou esfaqueado não pode ser considerado liberdade de expressão. É apologia a crime, além de ofensivo”, explicou Moro. “Muito me surpreende, com todo o respeito, essa crítica da FSP ao inquérito”, destacou, ironizando em seguida:
“Decapitado também. Se fosse outro agente político ou outra pessoa concreta, estariam liberadas a ofensa ou a apologia ao crime? Crítica é uma coisa, isso é algo diferente. Não são, portanto, simples ‘cartazes anti-bolsonaro’ como falsamente afirma o título da matéria da Fsp”, conluiu.
Veja um dos cartazes do evento, intitulado “Facada Fest”, supostamente em alusão à tentativa de assassinato sofrida por Bolsonaro em 2018.
A iniciativa do inquérito não foi minha,como diz a Folha de SPaulo, mas poderia ter sido.Publicar cartazes ou anúncios com o PR ou qualquer cidadão empalado ou esfaqueado não pode ser considerado liberdade de expressão.É apologia a crime, além de ofensivo.https://t.co/SGQeBlYbpR
— Sergio Moro (@SF_Moro) February 28, 2020