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Reclamam pela Amazônia e pelo óleo, mas não recolhem nem o próprio lixo

Poucas horas após a virada do ano, imagens dos principais locais de festa, onde o réveillon foi comemorado por milhares e até milhões de pessoas em alguns dos locais mais famosos do mundo, como a orla da praia de Copacabana, viralizaram nas redes sociais expondo o que podemos considerar como uma prova cabal da hipocrisia dos que dizem defender o meio-ambiente.

Praias inundadas por embalagens plásticas, garrafas vazias dos mais diversos tipos de bebidas e uma infinidade de outros materiais que foram, literalmente, jogados ao chão, formando um grande montante de lixo depositado em um ambiente de vida marinha.

Esse é o retrato do quão contraditória é a militância de muitos que ao longo dos meses passados saíram em defesa da Amazônia e da orla brasileira, criticando queimadas e o vazamento de óleo em nosso litoral, geralmente culpando o “outro” e o próprio governo por, supostamente, não fazer a sua parte.

É claro que muitos tiveram a consciência de não sujar o meio-ambiente, mas quando falamos de preservação, a individualidade não conta, e sim o coletivo. Neste sentido, ainda que alguns tenham tido a educação – básica – de colocar o lixo na lixeira, a sujeita absurda deixada nas praias do litoral é o que pesa na consciência de todos. Ou, pelo menos, deveria pesar.

Lixo deixado nas praias após o réveillon
Lixo deixado nas praias após o réveillon. 

Definitivamente, não adianta falar de preservação ambiental no meio de uma população que não cumpre o básico da responsabilidade social sobre limpeza urbana. Antes disso, devemos falar de educação, princípios e valores.

São a educação básica e a consciência cívica às principais promotoras do ambientalismo. Sem elas, indivíduos até podem levantar pautas, militar em defesa de uma causa, mas por mera conveniência e interesses difusos do verdadeiro objetivo.

Quem possui uma boa educação moral é ambientalista por essência, e é disso o que a nossa população precisa: formação, e não doutrinação. Isso porque a primeira constrói caráter, enquanto a segunda apenas aliena e artificializa o real significado das boas causas. O vamos escolher, afinal?

Lixo nas praias do Brasil após o réveillon
Lixo nas praias do Brasil após o réveillon

 

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