A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem, supostamente, a finalidade de investigar potenciais crimes de responsabilidade na gestão da pandemia do coronavírus segue dividindo opiniões e críticas. Nesta terça-feira (18), o depoente da vez foi o ex-Chanceler, Ernesto Araújo.
Como ocorreu em todos os outros depoimentos, a condição do interrogatório deixou mais uma vez explícita a politização da CPI, especialmente por parte do seu relator, o senador Renan Calheiros, que por várias vezes tentou induzir respostas aos depoentes, bem como restringi-las, cortando o direito de fala dos mesmos subitamente com um “muito obrigado”.
Para o jornalista Rodrigo Constantino, a CPI teria como objetivo ser uma “cortina de fumaça para o Covidão: isso resume essa CPI circense até aqui, que debate firulas, mas não menciona corrupção!”, diz ele em referência às denúncias de desvios milionários de verbas destinadas aos estados e municípios do país durante a pandemia.
Para a deputada federal Carla Zambelli, também “a parcialidade da condução de @renancalheiros na relatoria da CPI está cada dia mais clara”. Ela concedeu uma entrevista comentando o assunto, confira abaixo:
A parcialidade da condução de @renancalheiros na relatoria da CPI está cada dia mais clara.
Entendam quais são as decorrências disso para a investigação, o que pode ser feito, nossos próximos passos e muito mais!@JovemPanNews pic.twitter.com/XyAx50JFao
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) May 18, 2021