Um dos assuntos que estão em pauta de discussão acalorada no Brasil é a vacinação contra o Covid-19. A população está dividida entre os favoráveis à vacina, seja ela qual for, os contrários e os duvidosos. Diante disso, alguns dos médicos mais renomados do país resolveram assinar uma carta contra o uso obrigatório do medicamento.
A carta é parte de um abaixo-assinado que já conta com mais de 43 mil assinaturas, os qual será encaminhado aos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal.
Assinam o documento médicos como a Dra. Nise HitomiYamaguchi, Médica Oncologista, Doutora em Medicina pela Universidade de São Paulo, Mestre em Imunologia, Diretora da Sociedade Brasileira, de Cancerologia e da Associação Brasileira de Mulheres.
Dr. Anthony Wong, Médico Pediatra Doutor em Toxicologia, Diretor Médico e Chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas (CEATOX) da FMUSP, Médico Assistente do Instituto da Criança do HCFMUSP, assessor do Grupo de Farmacovigilância da Organização Mundial da Saúde, membro da United States Pharmacopeia e vice-presidente do IFDAT – Internacional Forum for AlcoholandDrugTesting.
Assim como o Dr. Paulo Olzon, Médico Infectologista, Nefrologista e ex-chefe de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além desses, um grupo denominado “Dez Mil Médicos pelo Tratamento Precoce”, do qual a Dra. Raíssa Soares faz parte, também assina o documento. Leia abaixo a íntegra da carta:
A presente carta dispõe sobre a vacinação obrigatória contra a Covid 19. Considerando que o tempo médio para o desenvolvimento de uma vacina segura, eficaz e com imunogenicidade duradoura leva de dez a quinze anos.
Considerando que as vacinas candidatas para programa de imunização contra a Covid19 encontram-se em fase de desenvolvimento, sendo de suma importância frisar que em tempo completamente atípico que compromete a avaliação de reações graves.
Considerando que vacinas podem causar reações que podem ser graves, com danos irreversíveis e até a morte.
Considerando a enorme responsabilidade de vacinar milhões de brasileiros com vacinas desenvolvidas em tempo completamente atípico e ainda não bem avaliadas, expondo a população a riscos cujos efeitos adversos podem ser imprevisíveis e irremediáveis, especialmente às vacinas que adotam tecnologias não convencionais.
Considerando o princípio ético de primeiro não fazer o mal e o princípio constitucional da inviolabilidade da vida humana e a dignidade da pessoa humana.
Considerando que os últimos estudos em nível global mostram que a letalidade do novo Coronavírus é 0,3%, índice considerado baixo.
Considerando que o tratamento precoce utilizando fármacos com atividade antiviral e imunoterápicos se mostraram eficazes na redução da mortalidade, conforme os últimos estudos multicêntricos retrospectivos com milhares de pacientes. Portanto, dispõe-se de tratamento eficaz e de baixo custo.
Considerando que os testes desenvolvidos vêm ocorrendo em voluntários jovens hígidos e que não se sabe a atividade dessas vacinas em crianças, grávidas e pacientes com várias patologias que compreendem a parcela da população mais vulnerável.
Considerando que a vacina obrigatória fere o princípio da livre escolha individual, consciência do indivíduo e também o direito de objeção de consciência.
Considerando o risco que corre a população ao serem introduzidas no país inúmeras plataformas vacinais que podem levar os indivíduos procurar mais de um tipo de vacina, levando a consequências que podem ser desastrosas em função da hiperestimulação do sistema imunológico.
Considerando os riscos de vacinar um indivíduo que teve contato com o vírus e hiperestimular seu sistema imunológico e desenvolver uma reação mais grave que a própria doença, como ocorreu com a vacina da Dengue.
Considerando não há no mundo nenhum exemplar de vacina feita a partir de algumas plataformas vacinais como a de RNA mensageiro autorizado para uso em humanos.
Reivindicamos: A não obrigatoriedade de vacinação contra a Covid19, permitindo que os brasileiros possam fazer a sua escolha quando parâmetros de segurança mundial estiverem estabelecidos. Que o zelo e a segurança da saúde dos brasileiros seja a prioridade em detrimento aos interesses mercadológicos, ideológicos e políticos.
Que a individualidade e o direito de objeção dos brasileiros seja respeitado. Além da não obrigatoriedade, é fundamental a observância do rigor no cumprimento de todas as etapas científicas conferindo segurança e eficácia à vacina, já que a responsabilidade pelas possíveis reações danosas que a população estará exposta recairá sobre os que a desenvolveram e aprovaram.
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