Por causa do receio de disseminação do coronavírus, autoridades do Brasil estão se mobilizando para conscientizar a população sobre os riscos do vírus e medidas que podem ser tomadas para contê-lo. O ministro Sérgio Moro, por exemplo, alertou que pessoas que apresentarem os sintomas e não colaborarem poderão ser isoladas à força.
“Pacientes com suspeita de coronavírus devem seguir as recomendações médicas de isolamento e quarentena. Elas podem ser impostas compulsoriamente [à força], com base na Lei13979 e na Portaria356/Min da Saúde”, afirmou o ministro em sua rede social.
Apesar do alerta, Moro apelou para a maturidade de cada cidadão em querer colaborar sempre que houver a necessidade. “Isso não é necessário com autorresponsabilidade. A saúde pública é a lei suprema”, completou o ministro da Justiça e Segurança Pública.
A declaração de Moro não é por acaso. Em Brasília, por exemplo, o esposo de uma mulher infectada com o coronavírus não quis colaborar com às autoridades para se submeter à avaliação. A pedido do governador Ibaneis Rocha (MDB), a Procuradoria-Geral do DF prepara uma nova ação relacionada ao homem, que é um advogado de 45 anos e também testou positivo para coronavírus.
“Até ser forçado a se submeter ao exame, ele acompanhou a mulher que tem Covid-19 e andou pela cidade, mantendo contato com várias pessoas. O governo quer tomar providências, mas ele não tem colaborado em informar por onde circulou”, informou o Correio Braziliense.
Pacientes com suspeita de coronavírus devem seguir as recomendações médicas de isolamento e quarentena.Elas podem ser impostas compulsoriamente,com base na Lei13979 e na Portaria356/Min da Saúde.Mas isso não é necessário com autorresponsabilidade. A saúde pública é a lei suprema.
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 12, 2020