O diretor da Agência Nacional de Saúde, Antônio Barras Torres, rebateu durante coletiva de imprensa nesta terça-feira algumas críticas contra a decisão da entidade de suspender os testes clínicos com a CoronaVac, popularmente chamada de “vacina chinesa”.
Às críticas partiram principalmente do governo do estado de São Paulo, especificamente o governador João Doria através das suas redes sociais e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, também durante uma coletiva na manhã de hoje.
Segundo Torres, a interrupção dos testes com a CoronaVac se deu em função de questões técnicas, após um voluntário morrer durante os testes. Não se sabe, contudo, se a causa da morte foi devido ao uso do medicamento, pois segundo o diretor, o ocorrido apresentou “informações incompletas e insuficientes”.
“Recebemos essa decisão emanada da área técnica, da gerência geral de medicamentos”, disse Torres, segundo a CNN Brasil, explicando que a interrupção faz parte do procedimento da Anvisa em casos dessa natureza.
“Quando temos eventos adversos não esperados, aqueles que no primeiro momento não conseguimos estabelecer uma correlação, a sequência de eventos é uma só: interrupção dos estudos”, declarou.
“Eu pergunto: que mal há em aguardar o recebimento dos documentos que nos permitirão tomar uma decisão com a tranquilidade que essa responsabilidade demanda? Por que o motivo de correria?”, questionou.
A declaração de Torres aparentemente coloca a causa da morte do voluntário em dúvida, mesmo após o Butantan dizer que o ocorrido “não tem relação com a vacina”. Ao que tudo indica, na verdade, o real motivo do falecimento do homem de 33 anos ainda está sendo analisado.