O Brasil com todos os seus paradoxos ainda é um país lindo e de grande riqueza. O brasileiro ama seu país e deseja muito se orgulhar dele. A classe política quase em geral com suas atividades obscuras e muitas vezes ilícitas, cria uma onda de desânimo e indignação no povo – é o pais do ”quase chega lá. Por isso grande parte do povo brasileiro está frustrada e com razão!
Mas na linha do tempo da nossa nação, a compreensão do povo em externar e lutar por este país contra as ameaças internas e externa é bem recente e em parte foi suscitada pelo filósofo conservador Olavo de Carvalho (in memoriam), pelo advento da voz solitária de Jair Messias Bolsonaro. Somando o fator explosivo da Lava Jato e as grandes manifestações que fizeram a classe política sempre conveniente com seus próprios interesses, impedir a continuação do governo Dilma (PT).
O histórico momento expôs a rachadura da roda do poder do estabelecimento político – e a eleição improvável de um candidato que não era conservador – é preciso definir bem os termos para entender o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Messias que nunca pretendeu ser o salvador, se elegeu com a força das manifestações da população indignada, e, do sentimento antipetismo. Ao assumir o cargo, trouxe de volta a esperança de um governo menos paternalista, mais técnico, liberal na economia e o tão ignorado patriotismo.
Durante os quatro anos de governo houve um despertar patriota, o amor as cores do nosso país e de pertencimento, cresceram! Mesmo diante de uma pandemia e de uma guerra na Ucrânia abalando o mundo economicamente, mas não o Brasil e nem o povo que apoiou o ex-presidente e suas políticas em defesa da economia e do comerciante que precisava sobreviver das propagandas do ”Fique em Casa” da velha e podre mídia, somado as Instituições públicas e o desejo da esquerda do quanto pior, melhor!
Claro, Jair Bolsonaro foi mais um ”direitista-tecnocrata” – ele não era muito de mergulhar em livros como nosso Dom Pedro ll; não pode culpar o ex-presidente uma compreensão mais profunda da cosmovisão conservadora, e, portanto é razoável afirmar que ele não era um conservador, mas sim um político que defendia elementos do conservadorismo.
Tem o outro lado da moeda, é correto afirmar que houve um despertar do patriotismo, mas também em simetria, surgiu uma classe de extremistas que cultuaram a figura do ex-presidente como aquele que foi enviado por Deus para salvar o Brasil.
Com apoio de evangélicos, católicos e figuras importantes das duas religiões, surgiu em torno do ex-presidente e sua esposa Michele Bolsonaro, uma áurea mística de que eles eram os ”remanescentes” que poderiam salvar o Brasil do comunismo.
O resultado deste culto ao presidente e sua família, foi o extremismo. Pessoas começaram a simbolizar, interpretar gestos, palavras, vestimentas, objetos com a finalidade de massificar através dos vídeos ou textos que enfatizavam como alertas o pós eleição, Bolsonaro com o apoio das FFAA salvaria a nação das garras esquerdistas.
É exatamente esta a linha tênue que separa patriotismo do extremismo, confiar todo destino da nação na canetada de um homem. O resultado foi o desastre do dia 8 de janeiro de 2023 com a invasão do povo ao Congresso e STF, que resultou na destruição do patrimônio público.
O conservadorismo condena o extremismo e sempre apoiara o patriotismo. Milicias revolucionárias vem da mentalidade marxista, é próprio da substância socialista. Destruir patrimônio ou seguir cegamente um homem na esperança da canetada salvadora é o oposto do pensamento conservador que tem em seu arcabouço a preservação da história humana e seus feitos, do patrimônio público, em oposição a divinação ao homem imperfeito. Sir. Roger Scruton afirmava:
‘‘Ser patriota é o sentimento de pertencer aquela nação, este sentimento não é algo criado da imaginação, mas instintivo, inerente”. Eis a grande diferença entre patriotismo e extremismo, o sentimento de amar, pertencer, preservar ainda que todas as circunstâncias sejam adversas.
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