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Ex-transgênero relata drama após mudança de sexo: “Me sinto completamente mutilada”

A ex-transgênero Debbie Karemer, hoje com 61 anos, concedeu uma entrevista para falar do seu arrependimento após a realização da chamada “transição de gênero”, ou “mudança de sexo”, iniciada 17 anos atrás, quando ela achou que deveria ser um homem e não uma mulher.

“Passei anos sentindo que não poderia viver em meu próprio corpo e me odiando a cada momento”, disse Karemer a um jornal britânico, revelando que sofria do que a psiquiatria moderna chama de “disforia de gênero”, um transtorno de identidade que provoca a sensação de que a pessoa nasceu no corpo errado.

No entanto, não há consenso sobre a classificação psiquiátrica sobre a disforia de gênero. Muitos psicólogos acreditam que o conflito de identidade sexual pode ser provocado por traumas durante a infância, como abuso sexual e relações disfuncionais na família. 

No caso de Karemer, o abuso sexual foi o que lhe permitiu entender a causa do seu conflito de identidade, mas infelizmente isso só ocorreu anos depois de ter iniciado a transição de gênero, um processo irreversível, pois ela retirou os dois seios, tomou injeções de testosterona, removeu a sua vagina e fez um pênis falso em seu lugar.

Além disso, Karemer também removeu o seu ovário, útero e trompas, tudo para se sentir cada vez mais “homem”, o que não aconteceu. “Fiquei traumatizada com o que aconteceu na minha vida e fui [precocemente] diagnosticada como sendo transgênero”, disse ela.

Ela entendeu que o abuso sexual sofrido na infância provocou uma reação de defesa psicológica, onde a homossexualidade pareceu a saída para não ter que se relacionar novamente com homens.

“Olhando para trás agora, percebo que era simplesmente uma sensação de que, se eu não tivesse uma vagina, não poderia ser estuprada”, contou. “Na sessão em que percebi que isso era tão ruim eu tive um colapso completo e um ataque de pânico, porque percebi que era um grande erro [“mudar de sexo”]”.

Por fim, Karemer fez uma confissão dramática que serve de alerta para quem passa por conflitos semelhantes, assim como para os profissionais de saúde que lidam com disfóricos de gênero.

“Eu sou uma mulher. Eu não pretendo ser um homem, [mas] estou presa. Eu me sinto completamente mutilada. É uma bagunça completa. Por onde começo? Só me arrependo dessa decisão. Eu me transformaria em outra pessoa e deixaria a mulher traumatizada completamente para trás”, conclui Karemer.

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