A rede de lanchonetes Burger King resolveu entrar na guerra cultural em prol de uma agenda ideológica, e para isso a empresa foi muito além do que boa parte do seus consumidores esperavam ser possível: usaram crianças para promover o movimento LGBT em uma campanha publicitária.
“O lançamento da campanha tem como objetivo endereçar um ponto de reflexão à população em geral. O preconceito é uma construção social e, com toda a responsabilidade que nos cabe enquanto companhia, conseguimos mostrar que os pequenos [crianças] carregam o discernimento a partir de um olhar muito sensível e humano”, disse Juliana Cury, diretora da marca Burger King do Brasil, à Revista Exame .
No vídeo, crianças que aparentam ter menos de 10 anos de idade aparecem falando o que acham de pessoas homossexuais, transexuais, transgêneras e outros, incluindo relatos pessoas de suas famílias. Tudo, obviamente, em tom de plena aceitação e sem qualquer contraponto.
Assunto complexo
A inciativa do Burger Kink logo provocou reações. Internautas levantaram a hastag #BurgerKingLixo para protestar, enquanto a grande mídia, como é de se esperar, tratou a campanha como algo louvável em nome do combate à “homofobia”. Mas, será mesmo?
Em primeiro lugar, a questão homossexual e transgênero está longe de ser um ponto passivo na sociedade, não apenas em termos culturais e morais, mas também científicos. Isso porque, não há qualquer comprovação de que a atração pelo mesmo sexo seja geneticamente herdada. Ou seja, biológica.
O mesmo vale para a questão de gênero. O ativismo LGBT já tentou propagar a ideia de que existe fundamentação biológica para o fato de uma criança do sexo “X”, por exemplo, se enxergar como sendo do sexo “Y”. Todavia, não há estudos conclusivos a esse respeito, mas apenas teorias, especulações e muitas narrativas baseadas em interpretações distorcidas acerca desses estudos.
Por outro lado, o que se sabe é que, se não há fundamentação biológica para tal, o que explica o desenvolvimento da homossexualidade e do transgenderismo? A resposta é multifatorial, mas inúmeros estudos e autores apontam para fatores como: educação familiar, modelagem cultural, traumas/abusos sexuais, ausência de figuras paterna/materna ou a presença dessas figuras, mas de forma nociva.
Obviamente este não é o espaço para aprofundar o tema em nível acadêmico, mas trazemos essas informações como contraponto para que o leitor tenha uma noção exata do motivo pelo qual uma campanha como essa do Burger King é imprópria, especialmente quando envolve crianças, às quais não possuem maturidade e conhecimento para discernir a complexidade do tema. Na prática, elas apenas refletem o que seus tutores orientam.
Promover o respeito às diferenças e o acolhimento ao próximo é uma coisa. Para isso não é preciso abordar temáticas específica. Basta falar de respeito ao ser humano e suas diferenças como um todo. Qualquer criança entende isso. Tratar de identidade e atração sexual em nome do “respeito” já é outro mundo, e quem faz isso de forma genérica com crianças não está promovendo conhecimento, mas sim confusão mental.