O renomado jornalista J. R. Guzzo criticou a intenção de alguns parlamentares e parte da imprensa em querer criminalizar às chamadas “fake news”, ou notícias falsas, argumentando que cabe à população decidir o que considera verdadeiro ou não.
“Notícias falsas só podem ter 1 juiz: o público. É a ele que cabe decidir se acredita ou não no que lê – e a ele é que cabe punir, com o seu descrédito, quem está dizendo a mentira”, afirmou o jornalista.
Para Guzzo, o cidadão comum, destinatário das informações publicadas diariamente nas mídias, “não pode ser tratado como um idiota, incapaz de julgar as informações que recebe.”
A opinião do jornalista encontra respaldo em algumas críticas feitas à tentativa de criminalização das “fake news”, isso porque a grande problemática a respeito do assunto está exatamente na definição do que é ou não considerado falso e verdadeiro.
Uma vez que muitos conteúdos possuem caráter opinativo (como é o caso do Opinião Crítica), mesclando informação e opinião, além de reportagem fatos que nem sempre são possíveis de serem interpretados apenas por uma perspectiva (é o caso das manifestações pró e contra a “democracia”), o risco de se taxar como “notícia falsa” esses conteúdos, injustamente, é muito grande.
Neste caso, a criminalização das fake news poderia servir muito mais como uma ferramenta de censura do que de regulação sobre notícias falsas, por isso pessoas como J. R. Guzzo defendem que cabe ao público exercer o seu próprio julgamento, uma vez que mídias notadamente maliciosas são automaticamente punidas pela rejeição popular.