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Associação de Medicina pede que Bolsonaro feche a fronteira do país com a Venezuela

A Associação Médica Brasileira (AMB) encaminhou ofício neste domingo, 15, solicitando ao presidente Jair Bolsonaro que determine o fechamento das fronteiras do País com a Venezuela e a Guiana. Segundo a entidade, a medida serve para prevenir eventual sobrecarga no sistema público de saúde dos Estados no norte do Brasil em meio ao avanço do novo coronavírus.

De acordo com a entidade, a chegada de venezuelanos ‘tem se intensificado’ com a chegada da doença no país vizinho. A partir desta segunda-feira, 16, o presidente venezuelano Nicolás Maduro determinou quarentena em seis estados e na capital, Caracas, após 17 casos de coronavírus serem registrados no país.

“Esse quadro aumenta o risco de circulação do vírus do estado de Roraima, além de sobrecarregar ainda mais os equipamentos de saúde estaduais e da capital, pois também há grande número de venezuelanos que migram exclusivamente para buscar tratamento de saúde no Brasil”, afirma a AMB.

De acordo com a entidade, a intensificação nos atendimentos tem levado à falta de equipamentos de proteção individual, como máscaras. “Essa ação nem de longe resolve os problemas sanitários do Estado, mas impede que eles cresçam de forma desordenada e exponencial”, aponta.

Vários países da América Latina já determinaram o fechamento temporário das suas fronteiras. O presidente do Peru, Martín Vizcarra, decretou ontem (15) quarentena obrigatória para a população e o fechamento das fronteiras do país durante 15 dias. 

O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, decidiu pelo fechamento das fronteiras e do comércio pelos próximos sete dias. Ontem (15) o presidente argentino, Alberto Fernández, também anunciou diversas medidas. Entre elas, o fechamento das fronteiras que terá duração de 15 dias, podendo ser prorrogado.

O Paraguai fechou parcialmente suas fronteiras a partir de hoje. O presidente Mario Abdo Benítez disse que pretende que a decisão seja ampliada para toda a região do Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. A Bolívia já havia tomado decisão semelhante quando proibiu a entrada de pessoas provenientes de países com muitos casos da doença, tornando mais rigorosos os controles nas fronteiras.

Na Colômbia, o governo de Iván Duque decretou estado de emergência sanitária até o fim deste mês e fechou a fronteira com a Venezuela. Além disso, proibiu a entrada de voos provenientes da Europa e da Ásia. Com informações: Estadão e EBC.

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