O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (23), em uma postagem no Twitter, que foram concluídas as negociações de um acordo de livre comércio entre o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e o Efta, bloco de países europeus formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que tem Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos) de US$ 1,1 trilhão.
O anúncio ocorre menos de dois meses após o Mercosul concluir o maior acordo comercial de sua história, fechado com a União Europeia em junho. O acordo com o Efta era um dos que estava em negociação nos últimos anos. Outros acordos ainda em negociação envolvem o Canadá e a Coreia do Sul. Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o Brasil pode ser beneficiado com redução ou eliminação de tarifas de 39 diferentes produtos nas transações comerciais com o Efta.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o acordo será mais um passo importante para aumentar a inserção internacional tanto da indústria como da economia em geral. “O Brasil possui oportunidades em 541 grupos de produtos para exportação ao bloco europeu, em especial para a Suíça. Mais de 60% das exportações brasileiras para a economia desse mercado enfrentam tarifas”, destacou a entidade.
O acordo terá de ser votado pelos parlamentos dos países do Mercosul e do Efta para entrar em vigor. Segundo a CNI, existe um grande espaço para a expansão do comércio de serviços, principalmente nos setores de arrendamento e serviços de transporte marítimo. Em relação ao comércio de produtos, os principais bens beneficiados seriam carnes bovinas, preparações alimentícias, óleos de soja, autopeças, papel e cartão.