Em discurso de abertura na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro manteve o tom de exaltação ao Brasil diante dos avanços conquistados ao longo do seu governo, mas também de elogio à fé cristã e ao conservadorismo.
“O Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base”, afirmou o presidente pouco antes de encerrar o seu discurso com um “Deus abençoe a todos!”, após destacar os acordos de paz estabelecidos recentemente entre Israel, Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
“Os acordos de paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, e entre Israel e o Bahrein, três países amigos do Brasil, com os quais ampliamos imensamente nossas relações durante o meu governo, constitui excelente notícia”, afirmou o presidente.
“O Brasil saúda também o Plano de Paz e Prosperidade lançado pelo Presidente Donald Trump, com uma visão promissora para, após mais de sete décadas de esforços, retomar o caminho da tão desejada solução do conflito israelense-palestino”, acrescentou.
De forma inédita, pela primeira vez na história do país um presidente brasileiro citou a necessidade de combate à “cristofobia” em um discurso na ONU. “Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”, afirmou Bolsonaro.
Ao destacar o caráter conservador do governo e a fé cristã da maioria da população, o presidente mantém a mesma linha adotada no seu discurso de 2019, mas dessa vez reforçando a preocupação do governo com a perseguição religiosa em diversas partes do mundo.
Na prática, é uma declaração de grande importância para a comunidade cristã, também alinhada com a visão do governo de Donald Trump, o qual também já se manifestou na ONU em favor dos cristãos perseguidos.
Em discurso na ONU, Bolsonaro detona parte da imprensa: “Quase trouxeram o caos”