O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que “infelizmente” o “regime ilegítimo de Nicolás Maduro” foi eleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Tanto Brasil quanto Venezuela garantiram assentos nesta quinta-feira (17) no conselho da ONU para o período de 2020 a 2022. Os dois países ocuparão as vagas da América Latina do órgão que é composto por 47 Estados.
No caso brasileiro, o país foi reeleito e terá agora seu segundo mandato no Conselho de Direitos Humanos.
O Brasil recebeu 153 votos e a Venezuela, 105. A Costa Rica criticou a participação de Caracas no pleito, mas não conseguiu mais votos e ficou de fora após receber 96 votos. Era necessário reunir uma maioria de 97 votos entre os 193 membros da ONU para conseguir uma cadeira.
Em nota divulgada pelo Itamaraty, o Brasil classifica sua eleição como “uma importante e justa vitória” e “enaltece” a participação da Costa Rica, mas critica a eleição da Venezuela.
“Infelizmente, para a segunda vaga reservada ao grupo latino-americano e caribenho, foi eleita a Venezuela do regime ilegítimo de Nicolás Maduro. Tal fato revela que ainda há muito a ser feito para a conscientização da comunidade internacional a respeito do estado catastrófico dos direitos humanos naquele país e mostra as deficiências do sistema multilateral na área dos direitos humanos, por cuja correção o Brasil trabalhará”, disse o ministro Ernesto Araújo.
“O Brasil atuará, inclusive, para que o ingresso da Venezuela no CDH neste momento não se torne, em hipótese alguma, fator de legitimação da ditadura Maduro”, afirma o comunicado.