Uma informação chamou atenção do mundo esta semana, após o Regime Comunista da China anunciar que já testa a implementação de dinheiro 100% digital, algo que é visto com preocupação por alguns grupos sociais, especialmente os cristãos.
A desconfiança tem um motivo simples: o uso de dinheiro 100% digital implica na total dependência da população em relação ao Estado. É como não ter qualquer moeda em seu bolso, em sua casa, na carteira, mas ter tudo depositado digitalmente em bancos online controlados por terceiros.
Uma declaração do vice-presidente do Banco Popular da China, Chen Yulu, deixa claro que o principal argumento que será utilizado para convencer a população de aderir ao plano (se é que a população terá alguma opção contrária) será o da “segurança”.
“[Devemos] acelerar o ritmo de pesquisa e desenvolvimento da moeda digital do banco central e garantir que os testes-piloto mostrem que ela é controlável e salvaguarda a segurança dos pagamentos”, disse ele, segundo a revista Oeste.
Dinheiro digital na China
No caso da China, por se tratar de um país controlado pelo regime comunista, a preocupação sobre o uso do dinheiro digital como ferramenta de controle populacional e perseguição é ainda maior, dado à centralização política dos serviços.
A organização internacional Portas Abertas publica atualmente uma lista de perseguição ideológica/religiosa das 50 nações mais persecutórias do mundo. A China ocupa a 23ª posição no tocante à intolerância religiosa de minorias e cristãos principalmente.
“A política de sinização da igreja é implementada por todo o país, já que o Partido Comunista está confiando fortemente na identidade cultural chinesa para permanecer no poder, limitando o que possa ameaçar sua permanência”, diz a entidade.
“As novas restrições à internet, mídias sociais, ONGs e os 218 regulamentos relacionados à religião são aplicados rigidamente e limitam muito a liberdade”, ressalta a entidade, deixando claro o interesse do governo em controlar ainda mais a população:
“Aqueles que não são leais ao partido são eliminados, o que amplia o alcance do partido em todas as áreas da sociedade, incluindo negócios, mídia e terceiro setor. Na multidão de desafios que o governo enfrenta, a liderança da China luta para manter tudo sob controle”.
Com isso, está claro que a substituição do dinheiro físico pelo digital poderá, sim, ser um recurso determinante para o aumento do controle populacional e ideológico/religioso na China, visto que pessoas poderão sofrer restrições financeiras como bloqueios totais, caso não se adequem aos parâmetros do Partido Comunista.
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