O diretor do Departamento de Crimes Eleitorais do Departamento de Justiça dos EUA, Richard Pilger, pediu demissão do cargo, provocando mais um desdobramento polêmico durante o processo de apuração de votos na eleição presidencial americana.
Isso porque, o anúncio da renúncia ocorre após o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, ter autorizado promotores federais em todo o país a buscar “alegações substanciais” de supostas fraudes eleitorais.
Segundo o New York Times, Pilger alegou em sua carta de demissão que Barr estaria criando um novo procedimento ao “revogar a Política de Não Interferência que existe há 40 anos para investigações de fraude eleitoral no período de eleições”.
Barr, por sua vez, afirmou que tal política não deve ser tratada de forma rígida, uma vez que é possível haver situações onde esperar o resultado final das eleições sem abrir investigação diante de denúncias pode “resultar em situações em que a má conduta eleitoral não pode ser corrigida de forma realista.”
Politicamente, a renúncia de Pilger pode alimentar ainda mais a especulação de ocorrência de fraude eleitoral, uma vez que se não há, de fato, qualquer irregularidade, a sua permanência reforçaria a integridade do processo.
Saindo do cargo por vontade própria, no entanto, sendo Richard Pilger justamente a pessoa responsável pelo Departamento de Crimes Eleitorais do país, a mensagem que ele transmite é de desconfiança para a população, reforçando a narrativa de Donald Trump e sua equipe sobre a suspeita de fraude.
“Tendo me familiarizado com a nova política e suas ramificações (…) devo lamentavelmente renunciar ao meu papel como Diretor do Agência de crimes eleitorais“, escreveu Pilger, segundo o Poder360.
Procurador-geral dos EUA autoriza investigação de suposta fraude eleitoral no país