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Tensão: EUA demite correspondentes na China do New York Times e Washington Post

A pandemia do novo coronavírus no mundo não está gerando crise apenas no sistema de saúde de muitos países, mas também na relação diplomática entre eles, especialmente entre os Estados Unidos e a China.

Na última quinta-feira, 19, após o presidente americano Donald Trump afirmar que “o mundo está pagando um preço alto pelo que eles fizeram“, em referencia ao Covid-19 surgido originalmente na China, correspondentes dos jornais New York Times, Washington Post e Wall Street receberam um prazo de 10 dias para entregarem as suas carteiras profissionais, o que equivale a uma demissão

Três jornalistas do Wall Street Journal já tinham sido expulsos no final de fevereiro. Segundo Pequim, a decisão é uma reação à decisão “escandalosa” dos Estados Unidos de reduzir fortemente o número de chineses autorizados a trabalhar nos Estados Unidos para meios de comunicação chineses, segundo o Jornal de Notícias.

No entanto, é possível que a medida tenha sido, de fato, uma retaliação por causa da pandemia de coronavírus, já que o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, afirmou que a medida tomada por Washington visou “membros de órgãos de propaganda chinesa”, dando a entender que eles teriam atuado para omitir informações sobre o vírus no início da sua propagação.

A tensão entre EUA e China aumentou também após o presidente Donald Trump se referir ao coronavírus como um “vírus chinês”, termo esse também reproduzido pelo deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro em uma nota oficial publicada na quinta-feira.

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