Quando pensamos que o nível rasteiro da grande imprensa ao militar contra o governo Bolsonaro chegou ao limite, eis que surge mais um caso, dessa vez contra a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que de forma covarde se tornou alvo de especulação barata ao ser envolvida em um suposto caso de traição com o ex-ministro Osmar Terra.
Tudo começou com a publicação do jornalista Germano Oliveira, diretor de redação da ISTOÉ, quando em 21 de fevereiro publicou uma “matéria” em tom puramente sensacionalista, insinuando que Michelle Bolsonaro poderia estar tendo um caso com o deputado federal e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB-RS).
A “matéria” de míseras 73 palavras afirma o seguinte, com destaque nosso:
“Michelle Bolsonaro, de 37 anos, demonstra certo desconforto no casamento. Foi sozinha à festa de casamento da deputada Carla Zambelli, na sexta-feira 14.
Na véspera do Natal, resolveu fazer uma cirurgia nos seios, e o marido viajou para a praia na Bahia. Nos últimos meses, viajava sozinha pelo País com o ministro Osmar Terra, que acaba de cair. Agora, Bolsonaro resolveu vigiá-la de perto e instalou-a na Biblioteca do Planalto.”.
A insinuação de traição amorosa da primeira-dama é clara. O autor do texto chega a fazer afirmações conclusivas baseado apenas em sua interpretação dos fatos, tais como a de que Michelle demonstra “desconforto no casamento“. Como ele sabe disso? Ela lhe disse? Alguém íntimo do casal lhe disse?
A segunda afirmação puramente especulativa, e ainda mais grave, é a de que “Bolsonaro resolveu vigiá-la de perto“. Note que o mesmo fez essa declaração logo após dizer que Michelle “viajava sozinha pelo país com o ministro Osmar Terra“. Ora, qual é a suposição lógica que pode ser retirada desse contexto, senão a de traição?
Germano Oliveira, como jornalista experiente, domina o uso das palavras, frases e orações. O texto não foi inocente, muito menos não intencional. Ele é explícito e transmitiu ao leitor a impressão exata que o seu autor quis expressar: a de que a primeira-dama estaria tendo um caso com Osmar Terra, e que por isso Bolsonaro o demitiu, passando a vigiá-la.
Imprensa falida
Como era de se esperar, grande parte da mídia reproduziu a insinuação feita por Germano Oliveira na ISTOÉ, e apesar de ênfase em se tratar de mera suposição (leia-se: especulação barata), grandes veículos a publicaram em tom de chacota contra a família presidencial.
O Jornal de Brarsília, por exemplo, publicou a manchete: “#BolsonaroCorno: internautas sobem hashtag após suposto caso de Michelle”, assim como uma miríade de tabloides esquerdistas que igualmente repercutiram a especulação em tom irônico.
Na manhã do domingo (01), Osmar Terra usou sua conta no Twitter para negar a especulação ofensiva de Germano. “A matilha se superou, também me agredindo e àquilo que tenho de mais sagrado: a minha família e a minha integridade moral”, disse o ex-ministro.
“É o lixo da esgotosfera nas redes e em setores da imprensa. Não conseguirão nos constranger”, completou. Até o momento não houve qualquer manifestação da primeira-dama, nem do presidente sobre o assunto. Ambos estão em viagem ao Uruguai, onde participaram da posse do seu novo presidente.
É possível que a família Bolsonaro esteja neste momento estudando a possibilidade de processar judicialmente Germano Oliveira e a revista ISTOÉ. Infelizmente, o nível em que chegou o “jornalismo profissonal” no Brasil desabona por completo a imprensa brasileira.
Quando o diretor de uma das maiores revistas do país resolve atacar a honra da primeira-dama, vista com carinho e respeito por milhões de brasileiros, não resta outra conclusão a tirar, senão a de que a imprensa “profissional” está falida.