Diante do cenário atual, onde os interesses internacionais nas riquezas da floresta amazônica ficaram escancarados para o mundo, a dúvida que fica na mente de muitos brasileiros é: se o Brasil for atacado militarmente, terá condições reais de se defender?
Para responder a essa pergunta, primeiro é necessário entender como é a valiado o poder de fogo de um país, e depois conhecer quais os recursos disponíveis diante dos potenciais inimigos, e isso inclui possíveis alianças com aliados.
O poder de fogo de um país é calculado com base em vários fatores, sendo os principais: 01 – número de contingente militar (soldados ativos e reservistas); 02 – recursos financeiros disponíveis; 03 – recursos naturais disponíveis; 04 – quantidade de equipamentos de guerra (armas); 05 – condições de uso dos equipamentos de guerra; 06 – condições de operacionalização dos equipamentos de guerra (treinamento militar).
Percebe-se, portanto, que não adianta um país ser altamente bem armado, se não tiver recursos financeiros para sustentar uma guerra. Ou ter às duas coisas, mas não ter recursos naturais (riquezas minerais e agrícolas) para produzir e manter a sua necessidade de abastecimento bélico e de consumo alimentício, além de outros, com a produção de combustíveis.
Não adianta, também, possuir muitas armas, estando a maioria sucateada, ou armas de alta tecnologia, mas soldados que não sabem operá-las corretamente. Assim, nota-se que o poder de fogo de um país é composto por um conjunto de elementos, onde a soma deles é o que diz em que nível de potência mundial o país se encontra.
Brasil, a 13° potência militar do planeta
A fonte de consulta para saber quais as maiores potências militares do mundo é a GlobalFirepower, uma organização que desde 2006 publica anualmente uma lista atualizada sobre o poderio bélico de 137 países do mundo, e é referência para mídias do mundo inteiro.
O Brasil, segundo a GlobalFirepower, ocupa em 2019 a 13° colocação, subindo um ranking (em 2018 estava na 14°), ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Rússia, China, Índia, França, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido, Turquia, Alemanha, Itália e Egito.
Isto significa que nas Américas, o Brasil fica trás apenas dos Estados Unidos, superando todos os demais países. O contingente militar total (incluindo reservistas) do país é de 1.674.500,00 milhão. Fora os Estados Unidos, o Brasil possui em seu conjunto de armas os melhores equipamentos aéreos, terrestres e marítimos.
O poder industrial do Brasil é um diferencial, visto que o país possui ampla capacidade de produção de armas, desde uma simples pistola, até tanques, aviões, navios e submarinos ultra-modernos. Os recursos naturais do Brasil, incluindo reservas de petróleo, a grande extensão oceânica e terrestre, também confere autonomia com relação à sua subsistência. Com suas reservas de minério, o Brasil possui a capacidade até de enriquecer urânio, elemento base para a produção de armas nucleares. A tecnologia para isso, no entanto, ainda é um mistério.
Algumas armas do Brasil são exclusivas e já fizeram sucesso no exterior, como o sistema antiaéreo “Astros”. Recentemente, o país lançou o míssil MANSUP, que tem potencial de cruzeiro (pode carregar ogivas e viajar milhares de quilômetros, até outros países, guiado remotamente), e também o superavião cargueiro KC390, que já despertou interesse em países da OTAN.
Além do potencial tecnológico, o Brasil também possui uma das tropas militares mais bem treinadas do mundo em terra, mar e ar. A Força Especial da Marinha Brasileira, conhecida como “GRUMEC”, é considerada uma das mais letais do mundo, equiparada aos Navy Seals, dos Estados Unidos.
Em terra não é diferente. Com cenários exclusivos, como a Caatinga e a Floresta Amazônica, os batalhões de operações especiais do Exército Brasileiro possuem um treinamento que outros não têm, uma vez que não dispõem desses terrenos. Fontes militares afirmam que nenhuma floresta do mundo se compara à selva amazônica, de modo que apenas os povos nativos (como os soldados brasileiros) possuem pleno domínio de como agir em um ambiente tão hostil.
O ponto negativo
Apesar de todas as vantagens que favorecem o Brasil no quesito militar, boa parte das nossas Forças Armadas estão defasadas tecnologicamente. Muitos equipamentos também estão sucateados. Isso ocorreu devido aos anos de baixo investimento no setor durante os governos anteriores, algo que deve ser revisto na atual gestão.
Em todo caso, devido ao seu enorme potencial, as Forças Armadas Brasileiras possui plenas condições de se modernizar rapidamente. Há vários projetos em curso que devem ganhar fôlego com a melhora da economia. Tal avanço não é um luxo, mas sim uma necessidade perante o protagonismo cada vez maior do Brasil no cenário internacional e o aumento das suas riquezas.
Por fim, vale destacar que o investimento em armamentos dificilmente visa a execução de um ataque ou defesa militar. No mundo atual, a guerra é principalmente diplomática, de modo que a existência das armas serve muito mais como elemento de intimidação e respeito. Ou seja, é necessário ser um país bem armado e preparado para qualquer situação, porque isto por si só repele ameaças inimigas, tanto do ponto de vista bélico como diplomático.