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A fraqueza do Presidente Jair Bolsonaro

Em primeiro lugar, é preciso ser justo! Jair Messias Bolsonaro foi um guerreiro nas eleições, não é qualquer um que suporta a pressão da mídia tradicional, do estabelecimento político, dos poucos recursos e de uma tentativa de assassinato que quase levou o presidente à morte.

Em segundo lugar, essa análise não é por falta de empenho político do presidente. Ele está tentando realizar o que prometeu, mas é impedido por decisões ideológicas do STF e do Congresso Nacional.

Quem viu a ‘live’ da Miriam Leitão com Ciro Gomes, FHC e Marina Silva? Pois bem, Ciro convocou uma coalizão democrática em 2022. Claro, ele como candidato e todos em torno do coronel contra Bolsonaro. Os inimigos estão se unindo!

Nesta semana o filósofo Olavo de Carvalho fez críticas severas e que são justas em relação a falta de postura do presidente para responder seus inimigos. Ciro chamou Bolsonaro e seus ministros de quadrilha, nazistas, bandidos – e nada acontece, não existe se quer um ataque sério do governo ao infame coronel.

E o argumento de que Ciro é insano não se sustenta quando usado na condição do ”deixa pra lá”. Como diz o ditado popular: ”remédio para doido é um doido e meio”.

Bolsonaro fez da política sua vocação, muito diferente do Donald Trump que não viveu e não vive da política – aliás, quem ataca o laranja recebe de volta o ataque com agressividade devastadora. A lentidão do Jair Bolsonaro em atacar não é por causa do STF e o Congresso Nacional que trabalham para derrubá-lo – o presidente realmente acredita que é possível dialogar com psicopatas, corruptos ávidos por poder e dinheiro.

Bolsonaro também é lento com seus traidores. Sérgio Moro agora é colunista e já começa a fazer a sua campanha contra o governo. Moro não deveria responder processo criminal, denunciado por calúnias contra o presidente, comprometendo a segurança da República?

Celso de Mello insinuou em mensagem privada que Bolsonaro e seus seguidores seriam nazistas; Gilmar Mendes já falou em “genocídio” ao criticar a forma de combate à pandemia. Ou seja, Olavo de Carvalho tem razão quando diz que ”a fraqueza atrai agressividade”.

Se o presidente acha que é o Rock Balboa que apanha todos os round e ganha com nocaute no último segundo do último round, é um pensamento perigoso e muito arriscado, aqui é Brasil e não Hollywood. O país que usa urnas eletrônicas que não são confiáveis; o pais de um STF que parece militar politicamente; o pais que soltou quase todos os bandidos do PT; o país do sigilo do Adélio; o pais que até hoje ”não sabe” quem mandou matar Celso Daniel; o pais que criou o Foro de São Paulo.

O Presidente foi eleito numa época de extremos e também precisa em determinados contextos ser implacável com seus inimigos que estão começando a gostar da impunidade. Época complicada? Terreno fértil para nascer os gigantes!

Presidente Jair Bolsonaro, reflita na frase imortal do Winston Churchill: ”Não se negocia com um tigre quando você está com a cabeça dentro da boca dele”. Fica a dica!

Heuring Motta
Análises sobre o cenário da política e assuntos de interesse público. Por: Heuring Motta - Teólogo e professor, especializado em Hermenêutica, Ciências Políticas e Logoterapia pela Universidade Católica de Salvador. É também colunista do Instituto John Owen. Casado e pai de uma filha.
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