Não adianta ignorar o que a realidade nos diz, pois os fatos falam por si! Temos hoje, no Brasil, juízes da mais alta Corte que se tornaram símbolos de revolta nacional, sendo alvos dos piores xingamentos na mais famosa vitrine da democracia mundial, em Nova York, Estados Unidos, com seus rostos, nomes e atuação postos em xeque diante do planeta!
Se, em algum dia, ministros como Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski puderam transitar tranquilos pelas ruas do Brasil, hoje essa possibilidade já não existe; pior do que isso: ela também não existe mais, pelo visto, nem nenhum outro lugar do mundo!
Os registros que vimos ao longo de hoje, dos juízes citados sendo alvos de xingamentos por parte de brasileiros em fúria, sendo chamados de “ladrão”, “traidores”, “bandidos” e outros termos como “filho da put***a” e “seu merd***a”, em plena Nova York, é o retrato fiel do colapso moral em que se encontra a Justiça brasileira.
Devemos repudiar quaisquer atitudes agressivas, sim, capazes de atentar contra a honra, mas não podemos deixar de compreender o sentimento de revolta que vem tomando conta de milhões de brasileiros nos últimos anos, pois esse é um fenômeno que que começou lá atrás, em 2013, passou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e foi tranquilizado em 2018, com a vitória do atual presidente Jair Bolsonaro.
Naquele ano, em 2018, esses mesmos juízes do STF já estavam agindo sob muitas críticas, até que o fim de uma era petista fez brotar no coração dos brasileiros um sentimento que havia sido esquecido: o patriotismo! Com isso, também surgiu a esperança e a crença de que sim, é possível termos um país realmente próspero e livre do câncer da corrupção. Mas, até quando?
A libertação de Lula
Não por muito tempo! Bastaram alguns meses para que a nossa Justiça voltasse a ser, talvez, o que sempre foi por debaixo dos panos. Lula, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por mais de 20 procuradores, já condenado por 10 juízes em três instâncias diferentes e, preso… foi surpreendentemente solto!.
Ou, nas palavras do ex-ministro Marco Aurélio Mello, hoje aposentado do STF, foi “ressuscitado” por seus colegas da Suprema Corte. Se considerarmos que a maior instância do Judiciário serve de conduta para todas as outras, então podemos dizer que sim, a desmoralização foi generalizada.
Como se não bastasse, a desmoralização foi aprofundada quando vimos o mesmo sujeito, outrora atrás das grades, oficializando a sua candidatura para a Presidência da República. Daí em diante, cada decisão favorável ao petista foi como uma punhalada a mais nas costas do brasileiro.
A eleição de Lula para a Presidência foi apenas o último tiro na testa daquilo que restava de moral na Justiça brasileira. As imagem que agora correm o mundo, de juízes do STF sendo achincalhados pelas ruas dos EUA, portanto, são apenas uma pequena demonstração do efeito colateral que poderá vir sobre o Brasil daqui em diante.
O nosso país agoniza nas mãos da impunidade, é verdade, mas o seu povo já provou que é forte o bastante para se reerguer novamente, mesmo quando estava disperso e sem liderança. A história atual parece bem diferente, e os inimigos sabem disso, por isso estão jogando todas as fichas.