Se fizermos uma análise dos potenciais presidenciáveis para 2022, até o momento nenhum nome parece forte o suficiente para ameaçar a reeleição do atual presidente, Jair Messias Bolsonaro. Todavia, uma coisa vem causando preocupação e pode se tornar, de fato, uma ameaça real: o aumento do custo dos alimentos e combustíveis!
O Brasil é um país onde a imensa maioria da sua população é de classe média, média baixa e pobre. Isto significa que o custo de vida é um fator vital na hora de decidir para quem vai o seu voto, pois para milhões de pessoas o que fala mais, influencia e importa é, realmente, o preço do feijão, do arroz, da carne e do gás, entre outros.
Estamos falando aqui de pessoas simples em sua maioria. Gente que não possui discernimento suficiente para entender que propostas socialistas/comunistas, a exemplo da Venezuela e Cuba, agravam e colocam em maior risco o custo de vida quando consideramos esses regimes a médio e longo prazo. Ou seja, que suas “lindas” promessas já nascem com prazo de validade.
Pessoas que não sabem fazer análises, também, do complexo cenário econômico interno e externo, como eles se afetam e do quanto a especulação financeira de grandes indústrias e outros interesses, inclusive políticos, podem favorecer ou prejudicar o custo do pãozinho lá na padaria.
Diante dessa realidade, onde há falta de conhecimento e informação, a narrativa da esquerda diante do aumento considerável dos preços dos alimentos e itens básicos de consumo como o gás de cozinha e do combustível automotivo, pode ser algo extremamente sedutor e confortante para um pai ou uma mãe de família que vê o seu salário minguar diante da inflação.
Não é por acaso que o ex-presidente Lula, por exemplo, já está batendo nessa tecla. Nessa sexta-feira (16) ele publicou uma reportagem da TV Globo onde uma dona de casa aparece chorando ao ver os preços elevados em um mercado. “Como é que as pessoas conseguem dormir sabendo que tem gente passando fome? Esse país tá sem governo”, comentou o petista.
O senador Randolfe Rodriges (REDE), vice-presidente da CPI da Pandemia, também comentou a mesma reportagem. “Brasil 2021: uma mãe chora ao falar sobre os preços da COMIDA. Não podemos normalizar o que está acontecendo no nosso país. Falta emprego. Comida, gás, gasolina, está tudo mais caro! Não é esse o Brasil que queremos!”, disse ele em sua rede social.
Como é possível notar, se nada for feito por parte do governo Bolsonaro para frear o aumento dos preços, bem como tornar mais barato o fornecimento de itens básicos como a carne e os combustíveis, a esquerda sem dúvida alguma terá uma grande munição contra a reeleição do presidente em 2022, e isto sim poderá ser uma ameaça.
Isso porque, muito embora o atual governo possua grande apoio da população por suas pautas morais (costumes), a pauta econômica pende mais para a esquerda. Foi assim, com discurso populista voltado para os mais pobres, que Lula conquistou o país em 2002, e um cenário como o atual, onde o povo começa a reclamar do custo dos alimentos, é o ambiente perfeito para que a narrativa socialista consiga enganar novamente.