InícioComportamentoAssassinato de reputações: a arma dos intolerantes contra a independência de opinião
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Assassinato de reputações: a arma dos intolerantes contra a independência de opinião

Ainda está cedo para dizer quais serão os reais efeitos da pandemia do coronavírus no mundo em termos de economia, cultura e direitos individuais. Apesar de já sentirmos os impactos nessas áreas, especialmente na saúde (óbvio!), uma delas se destaca, que é o assassinato de reputação.

A prática de assassinar a reputação de alguém se tornou comum dentro e fora do Brasil. Neste momento, por exemplo, temos um dos maiores empresários do país sendo tratado como investigado na CPI da Covid, no Senado Federal, como se fosse um criminoso, imoral e financiador de “fake news”.

Luciano Hang, um empresário que gera mais de 20 mil empregos no país e possui uma das maiores empresas varejistas em território nacional, com mais de 35 anos de carreira, é apenas um dos muitos exemplos de vítimas do assassinato de reputações promovido por boa parte da imprensa, políticos e entidades.

Essa prática tem um objetivo específico: intimidar, calar e banir da vida pública pessoas que têm a coragem de pensar e agir de forma independente. Pessoas que não têm medo de expor suas opiniões exatamente como estou fazendo nesse artigo, assim como faz o Diário Popular ao me acolher como colunista, dando voz a visões alternativas de mundo.

O mais curioso é que uma das coisas mais citadas pelos ditadores modernos é a “defesa da democracia”, quando é justamente por causa disso que pregam a censura e o achincalhamento de adversários. Isso porque, claro, o que eles defendem não é a democracia real, mas apenas uma visão dominante sobre tudo e todos.

Termos como “tolerância”, “diversidade” e “pluralidade”, nesse contexto, são usados artificialmente para fazer parecer que existe abertura para diferentes visões, quando sabemos que tudo não passa de uma fachada que serve para esconder o verdadeiro viés totalitário que não resiste ao contraditório.

Finalmente, o que podemos fazer diante disso tudo? Quais são as nossas alternativas? Devemos simplesmente nos render e esperar as coisas acontecerem, até que ninguém mais possa emitir juízos de valor sobre nada, a não ser que esteja ajoelhado perante o sistema? Não, muito pelo contrário!

Uma vez que estamos cientes disso, devemos criar mecanismos de autoproteção. É aqui onde entra a grande importância dos meios alternativos de comunicação e da articulação social no ambiente político, o qual tem se mostrado crucial nas últimas eleições e vem sendo reforçado pela pandemia.

Lutar pelo esclarecimento das “massas”, confrontar a mentira sempre que possível, em todos os espaços, e eleger políticos comprometidos com os direitos civis inegociáveis, como a liberdade de expressão, também são condutas indispensáveis.

Desse modo, não importa o quanto tentem assassinar a nossa reputação, pois a verdade sempre irá prevalecer. Nenhuma mentira resiste aos fatos por muito tempo, e cabe a todos nós fazer com que isso continue sendo a regra em todos os setores da sociedade, custe o que custar. Você está fazendo a sua parte?

Marisa Lobo
Marisa Lobo é psicóloga clínica, autora de vários livros, especialista em saúde mental e conferencista. Há anos realiza palestras dentro e fora do Brasil sobre prevenção e o enfrentamento das drogas, depressão e suicídio, sendo conhecida também pela luta contra o ativismo ideológico de gênero, aborto e desconstrução familiar.
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