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Aviso aos emotivos e precipitados: direita desunida é esquerda fortalecida

O cenário político para a disputa eleitoral de 2022 está se definindo. Aos poucos estamos vendo surgir os nomes que vão desenhar o futuro dos próximos anos Brasil. Mas, infelizmente, também estamos vendo aparecer alguns conflitos envolvendo o nome de pessoas importantes e muito queridas na direita, como do ex-ministro Abraham Weintraub e Tarcísio de Freiras, ambos potenciais candidatos ao governo de São Paulo.

Não queria ter que escrever nesse tom, mas a verdade precisa ser dita para o bem de todos, mesmo que isso me custe algumas críticas e incompreensões. A realidade é que tem muita gente emotiva pensando e agindo por impulso em nosso meio. Pessoas que no atual momento deveriam ser agentes de união, mas que estão servindo mais para a divisão.

Que fique claro: não estou me referindo a Tacísio ou a Weintraub. Isso por que, eles mesmos nem se decidiram ainda se irão disputar ou não o governo de São Paulo. Mas por incrível que pareça já tem pessoas brigando nas redes sociais, inclusive fazendo acusações ofensivas contra um e outro, mesmo sem NADA definido! É ou não pura emoção e precipitação?

Para apoiar Tarcísio não precisamos atacar Weintraub, assim como para apoiar Weintraub não precisamos atacar Tarcísio. Quem está fazendo isso só está cumprindo o papel da oposição, porque ambos são aliados do presidente Jair Bolsonaro, mas cada qual do seu jeito, com suas diferenças, o que é absolutamente natural.

Nós, da direita, precisamos parar de querer enquadrar pessoas dentro de certos perfis, a fim de rotular quem é ou não “ideal” para ser um bom candidato. Muitos fatores influenciam a escolha do presidente por um nome, o que não significa que outra opção também não seja boa. Existem questões que são puramente circunstanciais e não pessoais.

Se hoje temos Tarcísio e Weintraub como opções para São Paulo, devemos comemorar e não entrar em modo de autodestruição. Quantas vezes o estado mais importante do país, politicamente falando, teve dois nomes fortes para representar a direita e o conservadorismo, com chances reais de vitória? Isso é uma conquista, e ela só existe hoje graças ao presidente Bolsonaro.

Sim, é graças a Bolsonaro, porque se não fosse o seu mandato e às suas escolhas, dificilmente Tarcísio e Weintraub seriam quem são atualmente no mundo político. Para mim, isso diz que direta ou indiretamente os dois nomes possuem o apoio do presidente, porque são frutos do trabalho realizado pelo governo.

Assim sendo, o que justifica essa precipitação em querer desconstruir a imagem de um ou outro? Para mim não há outra explicação, senão a imaturidade política e a falta de boa análise crítica dos cenários, o que termina levando à precipitação devido à ansiedade por resultados a curto prazo.

Por fim, termino dizendo que não podemos confundir discordâncias de métodos com divergências de projeto. Podemos caminhar em trilhas diferentes quanto à forma de nos expressar, desde que essas trilhas nos levem ao mesmo destino, que é construir um Brasil moralmente correto, justo e conservador.

Se tem algo que devemos atacar, é o esquerdismo. Este sim é o inimigo comum, e não antigos ou novos aliados. Vamos deixar as coisas acontecerem naturalmente, com paciência e visão estratégica, sem euforia e conclusões apressadas, lembrando sempre que, quanto mais boas opções tivermos, melhor para o Brasil.

Marisa Lobo
Marisa Lobo é psicóloga clínica, autora de vários livros, especialista em saúde mental e conferencista. Há anos realiza palestras dentro e fora do Brasil sobre prevenção e o enfrentamento das drogas, depressão e suicídio, sendo conhecida também pela luta contra o ativismo ideológico de gênero, aborto e desconstrução familiar.
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