Esqueça o Pablo Marçal “coach messiânico” como alguns se referem a ele, mais ainda enquanto líder religioso. Aqui, neste texto, o sujeito do qual iremos tratar não deve ser visto como referência no campo teológico, seara onde foi e ainda é um dos seus setores de atuação – infelizmente.

O Marçal enquanto líder religioso, aqui, não passa de mais um candidato a líder de seita sob o viés da “prosperidade” 2.0. Isto é, uma versão moderninha de figuras como Edir Macedo e outros da mesma prole, tendo apenas como diferença o recorte de cabelo, estilo de roupa, apelo puxado ao empreendedorismo emocional e a simplificação litúrgica.

Dito isto, lidaremos agora com o Pablo Maçal enquanto candidato ao mundo político. Neste quesito, sim, falamos de alguém cujo potencial parece se encaixar perfeitamente, uma vez que os atributos corroboram: comunicação perspicaz, presença de palco, poder de persuasão e argumentação; resistência emocional às pressões e versatilidade.

O Marçal político pode, sim, ser uma boa surpresa para a direita nacional, exatamente devido aos atributos citados acima. Se houver, da sua parte, uma postura firme de viés conservador em questões como família, drogas, aborto, sexualidade, liberdade religiosa, expressão, soberania e defesa, o seu potencial nesse quesito poderá ser enorme.

Não faz sentido deslegitimar um candidato cujo potencial de persuasão está comprovado, desde que reúna os atributos necessários de viés conservador. Se o tal “coach” os reúne, vantagem é para a direita. O que resta nesse quesito, talvez, é uma boa sondagem baseada na exposição pública de ideias.

Tragam o Marçal a público! Esse é o ponto. Façamos com que ele se exponha, verdadeiramente, enquanto pai, filho, profissional e homem de fé. Se o que for exposto condisser com o viés conservador, não há motivos para a direita nacional, politicamente falando, e só politicamente falando, rejeitá-lo como um bom nome para o setor público. O que passar disso é mera politicagem.