Considerado um dos mais respeitados e tradicionais jornalistas do país, J. R. Guzzo publicou um artigo criticando duramente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), expondo claramente que a Corte atualmente “tornou-se o mais agressivo fator de insegurança no país”.
“A maior conquista já alcançada pela Justiça brasileira foi transformada em ruínas pela ação direta de um Supremo Tribunal Federal (STF) em que oito dos onze ministros foram nomeados justamente pelos dois governos mais corruptos da história nacional — e os que mais sentiram as punições aplicadas por força da Operação Lava Jato”, diz o jornalista.
Segundo Guzzo, os ministros do STF não desmancharam a Lava Jato antes porque tiveram receio das Forças Armadas, mas vieram, aos poucos, agindo com essa finalidade, até que teriam perdido o medo por completo das possíveis consequências das suas decisões.
“Foi um trabalho contínuo, cauteloso e deliberado. No começo, os ministros foram devagar com sua operação de desmanche da Lava Jato. Temiam, então, causar resistências sérias aos seus atos — especialmente por parte das Forças Armadas, que chegaram a avisar, nas primeiras manobras do STF em favor dos acusados de corrupção, que não aceitariam a promoção da impunidade no mais alto tribunal do país. Mas, com o tempo, foi ficando cada vez mais claro que ninguém ia fazer nada”, pontua o jornalista.
“Os ministros, então, foram perdendo o medo, ganharam a certeza de que podiam agir com impunidade e acabaram por jogar na lata de lixo anos a fio de valioso trabalho da Justiça brasileira. Nesta fase final do ataque em favor da corrupção e dos corruptos, aquilo que começou com uma calamidade, com a decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as ações penais contra Lula, acabou com um deboche, agora por obra da ministra Cármen Lúcia”, completa.
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