É irracional ignorar a gravidade do novo coronavírus, mas é igualmente insano querer alimentar um cenário de pânico na população para querer utilizá-lo para fins políticos contra o governo. Neste exato momento, é isso o que está acontecendo no Brasil, lamentavelmente.
“Mídia, Câmara, Senado, Doria e Witzel estão unidos à esquerda usando o coronavírus para derrubar um governo legítimo que não tem uma acusação de corrupção”, comentou o colunista do Opinião Crítica especializado em Ciências Políticas, professor Heuring Felix Motta.
Motta observou que ao pedir a renúncia do presidente Bolsonaro, Janaína Paschoal e os críticos que fizeram coro com ela estão criando uma situação de crise maior do que o próprio coronavírus, uma vez que mesmo sendo passível críticas a postura do presidente ao cumprimentar manifestantes no último domingo, ela não justifica um pedido de impeachment.
“Você pode não gostar do jeito tempestivo de Bolsonaro, da forma como ele trata a mídia, mas pedir a derrubada de um governo por tais questões banais, é trair a nação. Janaína Pascoal e Witzel deveriam perder seus mantados e responder por crime de conspiração”, ressaltou o professor em sua rede social.
O especialista em investimentos Leandro Ruschel também comentou: “Como não há apoio popular para o Impeachment, a corja pode utilizar a situação do coronavírus para buscar o golpe, com menor chance do povo ir às ruas. Por isso o fato de muitos terem idos às ruas no final de semana incomodou tanto a elite corrupta”.
Em um artigo para o Brasil Sem Medo, Ruschel apontou a decisão tomada pelo Congresso Nacional recentemente, ao derrubar o veto presidencial sobre a ampliação dos benefícios de prestação continuada, gerando uma despesa extra de R$ 20 BILHÕES para o Brasil em um contexto de pandemia.
“A postura do Congresso é ainda mais grave dada a situação de crise global criada pela epidemia do coronavírus. Seria mais ou menos como tentar apagar um incêndio com gasolina. No dia seguinte à votação, o dólar chegou a negociar acima de R$ 5,00 e a bolsa caiu mais de 15%, em boa parte por conta da postura do Congresso”, avaliou Ruschel.
O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Dr. Emanoel Barros, vem fazendo uma série de observações acerca do cenário econômico do país em suas redes sociais, apontando a forma como a grande mídia vem tratando a pandemia em clima de caos nacional, quando na verdade a maior crise é externa e não interna.
“Quem assiste a grande mídia pensa que as pessoas estão morrendo nas ruas do Brasil, que já estamos vivendo uma epidemia. Mentira! Não há epidemia no Brasil! Tomando os devidos cuidados, vamos viver a vida normalmente”, avalia Barros, lembrando que cabe também ao Congresso aprovar as medidas propostas pelo governo para manter o equilíbrio econômico diante da situação.
“Somente com o equilíbrio fiscal que temos hoje, o Min. Paulo Guedes pôde anunciar as medidas econômicas contra a crise COVID-19. Prioridades que o Governo impõe ao Congresso: (1) O PLN da Eletrobrás, (2) O Pacto Federativo, e, (3) A Reforma Administrativa. Equilíbrio e sensatez!”, afirmou o professor em outra publicação.
“Estamos sob o efeito de um choque exógeno. São nessas horas que o governo deve intervir, não qualquer hora (como prega a esquerda). Não somos alvo de choques, estamos sofrendo com o efeito das Bolsas Externas. Dos R$450 bilhões em reservas, usamos cerca de R$7 bilhões para equilibrar o câmbio”, destacou.
Não significa menosprezo
Avaliar o cenário real da pandemia no Brasil não significa menosprezar a gravidade do Covid-19 no mundo, nem em território nacional, mas apenas enxergar a situação sem se deixar influenciar por interesses alheios aos da saúde pública, a saber: partidários!
Sem ter uma base legal para acusar o governo de crime de responsabilidade, a oposição parece tentar inflar o clima de tensão que envolve a população para jogá-la contra o presidente, de modo que até figuras expoentes como a deputada Janaína Paschoal se deixaram levar por essa pressão.
Bolsonaro não agiu da forma mais inteligente no último domingo. Seria o correto da sua parte atender as recomendações do seu ministro da Saúde, dando assim o exemplo para toda a população que lhe segue.
Todavia, a postura do presidente não implica em crime de responsabilidade, visto que não é possível apontar de forma objetiva as consequências do seu contato com o público em termos de danos para o coletivo. Qualquer acusação além de uma mera crítica pontual não passa de especulação política e oportunismo.