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Para o MBL, agora, só resta fechar a tampa do caixão, ou…

A cassação do mandato do deputado Arthur do Val, o “Mamãe Falei”, por unanimidade (73 votos) na terça-feira passada (17), vai muito além do que uma derrota avassaladora na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) envolvendo o parlamentar. Significa, na prática, o funeral do Movimento Brasil Livre – MBL.

Arthur é cria do MBL e um dos principais nomes do movimento. O MBL foi a plataforma responsável por dar visibilidade ao deputado estadual, eleito com cerca de 500 mil votos paulistas em 2018.

Portanto, quando falamos da cassação de mandato do Mamãe Falei, estamos tratando por tabela, ainda que simbolicamente, da cassação do próprio MBL. É claro que essa ocorrência não julgou apenas o mérito da ação movida contra o deputado. Sem dúvida também houve uma articulação política para lhe derrubar.

Ou seja, é óbvio que houve muito mais interesses envolvidos na cassação de Arthur, além do julgamento acerca das suas falas sexistas e nojentas sobre as refugiadas ucranianas. Contudo, ainda assim o parlamentar fez por merecer, pois o resultado da sua condenação também é consequência do seu histórico de atitudes.

Atitudes não do Arthur, apenas, mas o MBL em geral. Isso porque, o movimento, se havia algum compromisso com a direita, cujos valores são norteados pelo conservadorismo e a luta inegociável contra a agenda da esquerda, este deixou de existir.

O MBL é, enquanto movimento, exatamente o que Sérgio Moro é enquanto pessoa. Teve seus méritos, e ainda tem, mas se deixou tomar por uma sanha egoica maior do que a razão. Mais do que isso, maior do que o povo que lhe deu apoio e visibilidade, acreditando na intenção de ajudar a tornar o Brasil um país livre do esquerdismo.

A arrogância passou a ser uma característica visível entre os integrantes do MBL, além da soberba. Os garotos que anos atrás refletiam educação e uma postura ética diante dos debates, passaram a adotar uma postura baixa e imoral, típica de quem já vinha se perdendo em essência.

O próprio Arthur do Val passou a transparecer isso em seus discursos. Será que isso é o que ele sempre foi, ou foi no que ele e seus colegas de movimento se tornaram?

Críticas por críticas, especialmente contra o presidente da República e seus familiares, pareciam petiscos verborrágicos para agradar um grupelho de uma direita supostamente “equilibrada”. Faziam isso diariamente, engrossando o poder de fogo da… esquerda!

Não apenas o presidente, como milhões dos seus apoiadores, os mesmos que apoiaram o MBL na luta contra o petismo, viraram alvos dos garotos que, de meninos, passaram a se achar os verdadeiros possuidores do entendimento sobre como conduzir uma nação em meio à pandemia, ao mesmo tempo em que se luta contra um sistema gigantesco de aparelhamento estatal, político e midiático. Queriam mesmo um milagre, não é?

Existe alternativa

No estado atual, o MBL está em seu funeral. O velório vem ocorrendo há meses e tudo o que resta é fechar a tampa do caixão para enterrá-lo de uma vez por todas. O que sobrará, no fim, será o regresso a um movimento, agora, desmoralizado, desgastado perante o eleitorado e, portanto, sem força.

Contudo, o MBL pode ter a nobreza de enxergar os próprios erros, descer do pedestal da limpar às lentes da lama suja em que se meteu. Pode voltar à suas origens, quando estava ao lado do povo brasileiro, composto por gente simples que só quer um Brasil livre do esquerdismo e suas pautas.

Esse reconhecimento não passa pelos globalistas João Doria, Moro ou ‘Amoêdos’. Passa pelo atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. É preciso ter humildade para admitir, e mudar! Essa é a única alternativa. Do contrário, sete palmos do chão político será o seu destino.

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