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Parada Gay de SP tem shows, apologia à ideologia de gênero, crianças e “Lula Livre”

Em um Estado democrático de direito, todo cidadão é livre para pensar e expressar suas opiniões, bem como demonstrar apoio ao que acredita ser importante para si e para o mundo. Felizmente, é justamente isso o que nos permite discordar e também manifestar tais discordâncias através da crítica. Esse texto, por exemplo, é uma crítica aos pais que levam seus filhos para eventos como a Parada Gay de São Paulo, ocorrida no último domingo (23).

A presença de crianças em eventos como a Parada Gay não é novidade, mas é algo crescente, e esse é o ponto preocupante para muitos que analisam esse fato à luz das ciências comportamentais, e não meramente pelo viés político-ideológico defendido pelos ativistas do movimento LGBT e seus simpatizantes.

Por sinal, aqui está o grande problema: o viés político-ideológico! O movimento LGBT está longe de possuir legitimidade no âmbito científico quando, por exemplo, promove a falaciosa ideologia de gênero. Neste sentido, perceba que não tratamos de direitos básicos, os quais todos os cidadãos, independentemente da sua condição sexual, devem possuir.

Tratamos do que é nocivo ou não para a sociedade sob à perspectiva das ciências (no plural). Em outras palavras, é legítima a manifestação contra o preconceito (no seu sentido correto, etimologicamente) e violência contra o público LGBT? Sim! É legítima a busca desse público por autoafirmação, como indivíduos independentes e livres para ser e se expressar? Sim!

Mas, por outro lado, é legítima à apologia feita dos pressupostos da ideologia de gênero, entre os quais, o de que ninguém nasce pré-orientado sexualmente conforme os sexos macho e fêmea? Não, pois como sabemos, não existe assexualidade biológica, e isso em função da lógica reprodutiva da espécie humana, que é obrigatoriamente heteronormativa.

É legítima a narrativa de que ninguém pode mudar de orientação sexual, conforme sua autonomia e possibilidade de escolhas? Não! É legítima, portanto, a narrativa de que não existem ex-gays ou ex-heterossexuais? Também não! Do contrário, a sexualidade humana seria um dado padronizado e absoluto para todos, e não uma experiência singular em permanente construção.

É Legítima a narrativa de que traumas sexuais sofridos na infância, como o abuso sexual, a ausência positiva das figuras paternas  e/ou maternas, ou ainda, que o meio influente através da cultura, NÃO influenciam no desenvolvimento da orientação sexual de muitas crianças e adolescentes (também adultos) que hoje se identificam como um LGBT? Redondamente, NÃO!

Inúmeros estudos apontam que os fatores citados no parágrafo anterior influenciam drasticamente, e em muitos casos são apontados pelos próprios indivíduos, na fase adulta, como tendo sido determinantes sobre o desenvolvimento da identidade e orientação sexual, motivo pelo qual muitos vivem em conflito emocional profundo.

 

Marcos e Daiane levaram o filho Theo, de 1 ano e 7 meses: “A gente tenta criar nosso filho de um modo que ele leve tudo isso com naturalidade”. Foto/fonte: Huffpost Brasil

Isto posto, qual é o problema de levar crianças para eventos como a Parada Gay de São Paulo?

A natureza político-ideológica do evento, por si só, é um problema. A falta de maturidade da criança para discernir essa natureza político-ideológica, é o outro problema. Estes dos elementos são os principais. No entanto, ainda é possível apontar o apelo à erotização observado, por exemplo, nas fantasias, roupas, músicas e outros, onde a nudez muitas vezes é a principal linguagem de alguns.

Esse contexto, onde questões de natureza política, ideológica e de erotismo, não formam o ambiente adequado para a presença de crianças ou mesmo adolescentes, simplesmente porque eles estão em desenvolvimento e não podem, ainda, discernir por conta própria o que é ou não legítimo em tais discursos (como exemplificado acima).

Se os pais desejam educar seus filhos conforme os pressupostos – ideológicos – do ativismo LGBT, esse é o ambiente adequado. É uma escolha como qualquer outra, que muito embora influencie drasticamente a percepção da realidade que a criança será capaz de desenvolver, é um direito dos pais que pensam assim.

 

Em frente ao Masp, apoiadores do ex-presidente Lula (PT) estenderam uma faixa pedindo “Lula livre”. Foto/fonte: Huffpost Brasil

 

Mas, por outro lado, se o desejo dos pais é simplesmente educar seus filhos para que cresçam em uma cultura onde a “diversidade” é uma realidade a qual terão que lidar, de forma respeitosa e tolerante, basta que façam isso através do diálogo em família, do exemplo na forma como lidam com o próximo em todos os ambientes e como pensam sobre tais situações. Isso é mais do que suficiente.

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