O canal “Porta dos Fundos” é a completa representação atual da imbecilização coletiva. Atual, sim, porque o modus operandi da imbecilidade alheia atualmente é travestido, entre outras coisas, de “humor” e da “opinião” de gente cada vez mais irrelevante do ponto de vista intelectual e da própria arte, em si.
Vivemos na era da glamourização do idiota útil, uma vez que é de idiotices que a sociedade se ocupa e se interessa mais. Assim, conteúdos como os da Porta dos Fundos, ainda que atentem criminalmente contra o sentimento religioso alheio, são vistos como “arte” e “liberdade de expressão”.
Para uma geração que em vez de ler e citar livros tem como referência youtubers e transforma em deuses da fama figuras como Anitta e Pabllo Vittar, louvar e sorrir com a mediocridade exposta no conteúdo da Porta dos Fundos é nada mais do que um reflexo visceral, tal como qualquer reação primitiva que se espera de quem não esboça o menor sinal de racionalidade diante daquilo que absorve.
Por trás dessa aberração de valores artificiais que toma conta da sociedade, existe, de fato, uma guerra contra tudo o que representa o pensamento genuinamente cristão, o mesmo que não por acaso moldou a cultura ocidental e influenciou o resto do planeta.
O que antes, em um passado recente, se respeitava como diferença moral e religiosa, hoje é algo a ser combatido e eliminado por completo em nome de um revisionismo histórico tosco e sem qualquer resquício de inteligência.
“No passado, mesmo se alguém não era cristão, a expressão do sagrado era respeitada. Estamos enfrentando uma séria ameaça à expressão de liberdade religiosa. O secularismo não precisa ser a rejeição do religioso, mas um princípio de neutralidade que dá a todos a liberdade de expressar a sua fé”, afirmou Dominique Rey, Bispo de Fréjus-Toulon, em entrevista concedida à revista italiana Il Timone em 5 de agosto de 2019.
Se engana o cristão que ignora os atos de zombaria praticados pela Porta dos Fundos e seus pares contra às principais figuras da sua fé. Eles, enquanto capacidade de pensamento e entendimento, podem ser desprezíveis, mas o que eles carregam em seus conteúdos é o reflexo de uma agenda global anticristã que os antecede, mas que depende de mulas (como eles) para se manifestar.
Diante disso, o papel da Igreja não é tolher a liberdade de expressão, ou mesmo o pensamento anticristão, mas sim lutar com todos os seus recursos contra a intenção iminente de quem deseja calar a voz da própria igreja no tocante ao seu direito de preservar o sagrado, o sentimento religioso e a sua existência.
Mas, infelizmente, nessa batalha não contamos com o lado da Lei, visto que intolerância religiosa à luz da prática jurídica brasileira, aparentemente só existe contra religiões afrodescendentes. Se é contra o cristianismo, tudo pode em nome da “arte” e da “liberdade”. Mal sabem eles, porém, que a nossa maior e infalível Justiça vem de Deus, e que a sua execução é só uma questão de tempo.