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Querem criminalizar os “bolsonaristas” com narrativas de violência e radicalismo

Nas últimas semanas, começaram a surgir manifestações curiosamente semelhantes contra atos de pré-campanha do ex-presidente Lula, bem como contra um juiz que foi o responsável por determinar a estranha prisão do ex-ministro Milton Ribeiro. Em todos os casos, o uso de “fezes”. Também já foi citado “veneno” e até “bomba”.

Agora, em Foz do Iguaçu, um conflito armado e de caráter pessoal envolvendo um apoiador do PT e de Bolsonaro terminou em tragédia, com uma morte confirmada até então. A velha imprensa, como sabemos, não perdeu tempo para rapidamente criar a imagem do “bolsonarista assassino”. Sobre isto, quero fazer alguns alertas.

A história nos ensina que em todo regime de exceção, abusos e até de genocídios, a população-alvo dos ataques foi primeiramente rotulada, passando por uma espécie de segregação social de viés ideológico. Foi assim com os judeus, no nazismo, e também com os divergentes do comunismo stalinista-leninista, entre outros.

Leonid Petrovich, por exemplo, um dos poucos sobreviventes dos gulags durante o comunismo russo, contou que ele foi enviado ao campo de concentração junto com outras dezenas de pessoas, por ter sido considerado “inimigo do povo”. Ou seja, primeiramente ele foi rotulado e enquadrado numa narrativa, sendo preso em seguida.

Atualmente, vemos como a esquerda rotula com extrema facilidade qualquer pessoa apoiadora do governo Bolsonaro, com termos como “fascista” e até “nazista”. Se trata de algo extremamente grave, porque não são meros apelidos, como são as expressões “bolsonarista”, “petista”, até mesmo “esquerdopata”.

A diferença está no significado de cada expressão dentro da conjuntura histórica. Se eu lhe chamo de “nazista”, por exemplo, automaticamente estou associando a sua pessoa ao holocausto, dizendo implicitamente que você concorda com o genocídio dos judeu. Existe, portanto, um fato real atrelado ao rótulo.

E o “bolsonarista”?

A expressão “bolsonarista” não está atrelada a um fato histórico pejorativo, mas apenas ao apoio à figura do presidente Jair Bolsonaro, que tem mudado para melhor o Brasil. Contudo, a esquerda vem tentando modificar essa realidade e é por isso que escrevo esse artigo, pois o objetivo é claro: criminalizar os apoiadores mais fiéis do governo!

Cada vez que vemos a velha imprensa fazer referência ao “bolsonarismo” ou a um “bolsonarista”, o intuito é associar essas expressões a algo ruim, sendo o radicalismo e a prática de crimes os campeões de associações.

Por mais que, sim, seja possível um bolsonarista qualquer cometer crimes e ser um radical, sem dúvida tal pessoa não representa a grande massa de apoiadores do presidente da República. Aliás, muitos desses nem mesmo se enxergam como “bolsonaristas”, mas apenas como eleitores ocasionais, cuja decisão do voto é tomada pelo cenário do momento.

Mas, os inimigos de Bolsonaro sabem que os apoiadores mais empolgados e féis, bolsonaristas legítimos, de fato, são capazes de influenciar multidões, por isso a intenção é fazer com que qualquer eleitor do presidente se sinta intimidado com as acusações e associações negativas ao bolsonarismo.

O objetivo é fazer com que o apoio explícito ao governo deixe de existir no cotidiano. É por isso que temos centenas de registros de estudantes universitários conservadores sendo hostilizados por esquerdistas em universidades pelo Brasil, inclusive por professores. É justamente o processo de segregação, em fase inicial, semelhante ao enfrentado por judeus e anticomunistas no passado.

A criminalização

Mais do que apenas o problema da segregação em âmbito social, temos também o objetivo da criminalização do bolsonarismo. O Partido dos Trabalhadores – PT, por exemplo, comentou o caso que terminou em morte em Foz do Iguaçu, fazendo a seguinte colocação em seu site oficial:

“Bolsonaro pode tentar o quanto quiser, mas o assassinato cometido pelo agente penitenciário Jorge José Guaranho é resultado do discurso de ódio e da postura violenta que o ex-capitão, há décadas, pratica e estimula em seus seguidores. A violência é o motor do bolsonarismo desde sempre.”

Esse é apenas um, entre inúmeros exemplos, onde o bolsonarismo é associado indevidamente a práticas criminosas, ou criminosos. A narrativa das “milícias virtuais” é outra iniciativa que faz parte desse processo.

No caso da criminalização, o agravante está no objetivo real de punição dos apoiadores do presidente Bolsonaro, desde sanções como multas e bloqueio de contas, a prisões. Isso já passou a ocorrer através do inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos.

Contudo, parece estar havendo alguma movimentação no sentido de que práticas criminosas, supostamente ligadas a bolsonaristas, se tornem mais frequentes. Não posso dizer que isto é uma certeza, porque não posso provar, mas essa é a minha impressão.

Tudo nos leva a crer que o objetivo é criar subterfúgios para que, de alguma forma, Bolsonaro seja acusado de algo lá na frente, tal como “incitação à violência” e “ataques à democracia”, o que já vem sendo ventilado pelos opositores. Neste caso, a estratégia pode ser tentar a cassação da chapa do presidente numa eventual reeleição.

Por fim, concluo, antes de mais nada, lamentando a tragédia em Foz do Iguaçu. Peço que Deus traga paz e consolo aos familiares de ambos os envolvidos no conflito, e que situações como essa jamais se repitam, pois a vida é maior do que tudo de passageiro nessa Terra, inclusive a política.

No mais, nós que apoiamos o presidente Bolsonaro, não podemos cair em provocações. Devemos dar o exemplo da fé que nos une e promover a paz de Cristo. Defenderemos as nossas posições, mas com civilidade, democraticamente e com humanidade. É nisso que acredito e pratico. Faça a sua parte.

*O artigo acima é de inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a visão do Opinião Crítica.

Marisa Lobo
Marisa Lobo é psicóloga clínica, autora de vários livros, especialista em saúde mental e conferencista. Há anos realiza palestras dentro e fora do Brasil sobre prevenção e o enfrentamento das drogas, depressão e suicídio, sendo conhecida também pela luta contra o ativismo ideológico de gênero, aborto e desconstrução familiar.
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