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Troca-troca de partido e desistências revelam o completo fracasso da “terceira via”

Por mais que a “terceira via” seja fabricada constantemente pela mídia tradicional como uma das alternativas eleitorais este ano, a realidade imposta pelos fatos indica um cenário completamente diferente, o que parece ter se confirmado com a troca-troca de partido do ex-ministro Sérgio Moro e os anúncios de desistências pela disputa presidencial.

Inicialmente, surgiram rumores de que o tucano João Doria, que aparece com média de 3% nas pesquisas eleitorais, teria desistido de disputar a presidência. O governador, então, parece ter sido convencido a mudar de ideia, confirmando horas depois a sua pré-candidatura pelo PSDB.

Enquanto isso ocorria durante a movimentada quinta-feira (31), o ex-ministro Sérgio Morno… ou melhor, Moro!, anunciou a sua mudança partidária poucos meses após se filiar ao Podemos, assim como a sua desistência “nesse momento” de disputar a eleição presidencial.

O Podemos, por sua vez, publicou uma nota dizendo que não tinha sido informado por Moro da sua mudança partidária, dizendo que “para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável.”

Ou seja, um completo desastre! Moro, especificamente, demonstrou mais uma vez que as suas posições não são dignas de confiança. O ex-ministro parece ser um expert em “trair” aliados e também a si mesmo, visto que algumas das suas palavras também já foram traídas, como a que disse em 2018, durante uma entrevista para o Fantástico, que não se candidataria à Presidência da República e não entraria para a vida política.

Doria, por sua vez, demonstra que o PSDB está claramente rachado devido à competição midiática com Eduardo Leite, então governador do Rio Grande do Sul. Ambos os tucanos, contudo, são um fiasco nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência, não passando dos 3%, segundo o Poder360.

O que a “terceira via” tem, portanto, é nada mais do que um cenário de desmoralização pública, eleitoralmente falando. Sozinho, Moro já deu tantos tiros no pé que desmontou a própria imagem de herói nacional, e quanto mais abre a boca para tratar de política, pior fica a sua situação.

Esta semana, o ex-ministro chegou a desqualificar um relatório de 150 páginas elaborado pela Polícia Federal, onde a corporação conclui que não houve interferências do presidente Jair Bolsonaro na organização, enterrando assim, portanto, as acusações feitas por ele em 2020, quando renunciou ao cargo de ministro da Justiça e correu para os braços da Globo.

Em outros termos, Moro desmereceu o trabalho da mesma Polícia Federal que serviu ao país enquanto ele era juiz da Lava Jato, investigando e prendendo os corruptos que ele mesmo condenou. Dá pra acreditar? Se soubesse que fosse revelar tanto o seu lado ruim, melhor que nunca tivesse entrado na política.

Finalmente, o fato é que, a não ser que o atuais presidenciáveis consigam retirar um coelho da cartola, incluindo as velhas raposas cansadas que não vão a lugar nenhum, senão fazer volume e barulho, a terceira via continuará morta.

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