O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, comentou a decisão recente da Justiça do Rio de Janeiro de autorizar o cumprimento de pena em regime domiciliar de Carlos Roberto da Silva, responsável pelo assassinato brutal do menino João Hélio em 2007.
Em fevereiro de 2007, Carlos fez parte do bando que assaltou uma família em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio. Mãe e filha conseguiram deixar o carro, mas João Hélio, de apenas 6 anos, ficou preso ao cinto de segurança, do lado de fora do veículo, sendo arrastado por sete quilômetros pelos bandidos até a morte.
Carlos foi condenado a 39 anos de prisão, mas devido ao regime de progressão da pena, ganhou o direito de cumprir o restante da sentença em liberdade condicional, usando tornozeleira eletrônica. Para o ministro Sérgio Moro, no entanto, esse tipo de benefício faz parte de uma “vergonhosa justiça” que deve ser alterada após aprovação do seu pacote anticrime.
“Responsável por assassinato brutal de criança, embora condenado a 39 anos de prisão, foi na prática libertado após dez anos. Barata a vida humana no Brasil. Em outros países, seria perpétua. O projeto de lei anticrime, se aprovado, impediria essa vergonhosa injustiça”, escreveu Moro em sua conta no Twitter.
A publicação de Sérgio Moro sobre o caso João Hélio foi uma resposta à produtora de TV, Gloria Perez, que também demonstrou indignação com a soltura de Carlos Roberto da Silva.
“Que venha o pacote do Moro, para que nunca mais a extrema crueldade contra uma criança seja premisda (sic) com a impunidade! ‘Condenado a 39 anos de prisão pela morte do menino João Hélio ganha benefício para cumprir pena em casa'”, postou Gloria.
Responsável por assassinato brutal de criança, embora condenado a 39 anos de prisão, foi na prática libertado após dez anos. Barata a vida humana no Brasil. Em outros países, seria perpétua. O projeto de lei anticrime, se aprovado, impediria essa vergonhosa injustiça. https://t.co/YLbHfn9eba
— Sergio Moro (@SF_Moro) August 30, 2019