O juiz Marcelo Bretas, responsável pela operação Lava Jato no Rio de Janeiro, tomou uma decisão que certamente não agradou em nada alguns dos homens mais poderosos do país, incluindo o empresário Eike Batista, que já foi considerado um dos 8 homens mais ricos do mundo, mas hoje vive atrás das grades.
Segundo informações do portal Metrópoles, um lote de bens apreendidos pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, incluindo símbolos do grupo ligado ao ex-governador Sérgio Cabral, irá a leilão neste mês.
A determinação foi emitida justamente por Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Na lista, divulgada em edital, estão a lancha “Manhattan Rio”, atribuída a Cabral, a fazenda “Três Irmãos”, de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador, e a Lamborghini Aventador do empresário Eike Batista.
O bem mais caro da relação é a lancha “Spirit of Brazil”-Interminarine 680, de Eike Batista, avaliada em nada menos que R$ 3,5 milhões. O empresário ainda é dono de outros quatro bens destinados a leilão. A Lamborghini é avaliada em R$ 2,24 milhões.
Marcelo Bretas é conhecido por tratar com rigor a investigação da Lava Jato no Rio de Janeiro. Em 2017 ele concedeu uma entrevista ao jornal El Pais, explicando que a operação desafia os criminosos mais poderosos do país, além de ser “eterna”.