Uma denúncia oferecida pelo Ministério Público envolvendo dezenove integrantes de movimentos sem-teto de São Paulo aponta a prática de extorsão de moradores em edifício clandestino, tendo como acusados integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo o processo, assinado pelo promotor Cassio Roberto Conserino, a penas vão de quatro a dez anos de prisão, mais multa. As acusações foram baseadas em depoimentos anônimos, segundo informações da coluna Radar, da Veja.
Foram denunciados os seguintes grupos: Movimento de Luta Social pela Moradia (MLSM), o Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), o Movimento de Moradia do Centro (MMCR), o Movimento Terra de Nossa Gente (TNG) e o Movimento de Moradia para Todos.
Segundo Conserino, os movimentos citados acima ocupavam os edifícios de forma clandestina e passavam a cobrar aluguel dos moradores. Caso não pagassem, “perpetravam todo tipo de ameaças e/ou violência para expulsar o ‘inadimplente’ do edifício”. Era nesse momento que entrava o PCC, na parte das ameaças.
Também segundo a denúncia, os moradores seriam pressionados para “votar em integrantes do PT, mudar o título eleitoral para o centro de São Paulo, participar de invasões a novos prédios e, por fim, participar de atos em apoio ao ex-presidente Lula e à ex-presidente Dilma”.