O ministro da Educação, Abraham Weintraub, virou alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria Geral da República, para investigar um suposto crime racismo contra a ditadura chinesa.
No começo desse mês, Weintraub publicou uma mensagem levantando a suspeita de que a pandemia do novo coronavírus teria sido provocada intencionalmente, a fim de que a China pudesse se beneficiar política e economicamente.
“Geopolíticamente [sic], quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, escreveu Weintraub na ocasião.
A publicação foi acompanhada por uma imagem do gibi da Turma da Mônica onde se vê uma referência à China e ao personagem cebolinha, que troca a letra “R” pelo “L” em suas falas.
Segundo o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a conduta do ministro configura, em tese, infração penal prevista na lei que define os crimes resultantes de preconceito, segundo informações do G1.
Weintraub chegou a apagar a publicação, mas prints de tela registraram o conteúdo (foto de capa dessa matéria). O que está em questão é se o ministro se excedeu em suas colocações, ou se ele apenas exerceu o seu direito à liberdade de expressão e opinião, ainda que de forma polêmica.
Uma vez aberta a investigação contra Weintraub, o ministro terá que prestar depoimento na condição de investigado, não podendo se abster caso intimado pela justiça.