Um dia após sair da prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um evento onde fez um discurso bélico contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Na ocasião, ele fez uma afirmação que agora pode lhe render uma investigação com base na Lei de Segurança Nacional.
O pedido foi feito pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, certamente considerando a declaração de Lula uma espécie de incitação popular contra o Planalto. Na ocasião o petista declarou:
“Tem gente que fala que tem de derrubar o Bolsonaro. Tem gente que fala em impeachment. Veja, o cidadão foi eleito. Democraticamente, aceitamos o resultado da eleição. Esse cara tem um mandato de quatro anos. Mas ele foi eleito para governar para o povo brasileiro, e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro”.
Com base nisso foi apresentada uma representação por crime contra a honra do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido – RJ). Já na manhã desta quarta-feira (19) Lula precisou comparecer na sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar esclarecimentos. Ele esteve acompanhado do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-SC), segundo a Veja.
MAIS UMA VEZ, MORO TENTA INTIMIDAR LULA PARA BLINDAR A FAMÍLIA BOLSONARO
Hoje, @LulaOficial participou de audiência fruto de inquérito aberto com base na Lei de Segurança Nacional, a pedido de Moro à PF, para apurar declarações de Lula durante encontro com integrantes do MAB. pic.twitter.com/wX0zrL7QN3
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 19, 2020